Rio de Janeiro passa a ser a capital mundial do livro em 2025
Confira a coluna desta quinta-feira (8)
Em 1808, a família real, por pressão da invasão napoleônica, transferiu-se para o Brasil, trazendo cerca de 60 mil volumes da Biblioteca Real. Instalados na nova capital, Rio de Janeiro, Dom João VI e seus ministros criaram, entre os demais empreendimentos, a Biblioteca Real, atual Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro.
A evolução dos livros é longa, cheia de mistérios e surpresas. A trajetória desse artefato é fascinante, ele foi inventado pelo homem para que letras, códigos, palavras pudessem viajar no tempo e no espaço.
Várias formas de fabricação, modelos, edições e formatos que, ao longo de toda a jornada humana, fora testado e reinventado.
Passados 217 anos, chegamos agora a 2025 com um importante reconhecimento mundial, o Rio de Janeiro, no Dia Mundial do Livro, 23 de abril, passou a ser a Capital Mundial do Livro, título concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).
Pela primeira vez uma cidade de língua português (lusófona), o Rio de Janeiro, recebe este importante título mundial.
Foi uma festa belíssima no Teatro Carlos Gomes, no Rio, com muito Machado de Assis, Carlos Gomes sendo homenageados. Este será sem dúvidas um ano muito especial para a literatura: a Bienal será especial, teremos o Prêmio Jabuti especial.
Vivemos hoje bons ventos na produção literária e vendas de livros aqui no Espírito Santo e em todo o País, após anos de grandes dificuldades.
O sucesso da última Bienal Internacional do Livro, realizada em 2023, fechou com expressivos números: mais de 600 mil visitantes e cerca de 6 milhões de livros vendidos, recorde absoluto de vendas, com média de nove livros por pessoa.
Foram mais de 300 atrações nacionais e internacionais, quase 500 editoras, selos e distribuidoras e uma diversidade de títulos. Devido ao sucesso em mais de 40 anos, a Bienal do Livro passa a ser Patrimônio Cultural do Livro do Rio de Janeiro.
A próxima Bienal do Livro vai acontecer de 13 a 22 de junho de 2025, no Riocentro. O evento, que marca o Rio como Capital Mundial do Livro da Unesco, promete novidades como um “Book Park” e um “Escape Bienal Estácio”. Com certeza será a maior Bienal de todos os tempos.
Esse título, concedido pela Unesco e por grandes representantes da indústria editorial mundial, contempla uma cidade, como reconhecimento da qualidade dos programas de promoção do incentivo à leitura e dos livros; dedicado à toda a indústria livreira do Brasil.
O objetivo de escolher anualmente a Capital Mundial do Livro é fortalecer e democratizar o acesso à leitura, com foco especial em jovens e em comunidades mais vulneráveis, com desenvolvimento de programas e atividades que promovam o livro e a leitura.
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