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TRIBUNA LIVRE

Animais loucos

Coluna foi publicada no domingo (08)

Pedro Valls Feu Rosa | 09/10/2023, 11:04 h | Atualizado em 09/10/2023, 11:06
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna



          Imagem ilustrativa da imagem Animais loucos
Pedro Valls Feu Rosa é desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo |  Foto: Arquivo/AT

Renny, um elemento absolutamente pacífico, estava a andar pelas ruas da cidade norte-americana de Syracuse (no estado de Nova Iorque) quando foi brutalmente atacado a poder de mordidas. Bastante ferido, só não morreu por conta da intervenção de um policial.

Não menos desafortunado foi um norte-americano conhecido pelo sugestivo apelido de “Bebe”. Morador de Nova Iorque, ele também foi atacado a patadas e mordidas por um perigoso animal. Médicos constataram, horrorizados, que uma das feridas chegou à espantosa marca de 8 centímetros quadrados!

Casos assim se repetem aos milhares, todos os dias. Citei dois somente para ilustração. Renny e “Bebe” são, no final das contas, apenas a “ponta do iceberg” das agressões praticadas por seres humanos contra os animais. Sim, animais: Renny é um bem treinado pastor alemão e “Bebe” um pacífico “poodle”. E ambos foram atacados a mordidas por seres humanos!

O caso de Renny foi um acidente profissional – trata-se de um cão policial. Já “Bebe” foi vítima de uma crise de ciúmes do violento namorado de sua dona.

Mas talvez o caso mais triste de todos seja o do infeliz Fisher, um pacato peixinho que vivia sossegado em um pequeno aquário na casa de sua dona, em Portland (EUA). Ele acabou morto a facadas pelo ex-namorado dela, também após uma crise de ciúmes.

Há também as violências praticadas pelo Estado. Que o diga uma azarada cabra da Nigéria, que acabou presa como suspeita de um assalto a mão armada (ou seria a “pata armada”?). Aconteceu na cidade de Kwara: um assaltante fugia da polícia após ter tentado roubar um carro e, segundo os policiais, teria se transformado na pobre cabra que, por azar, pastava nas proximidades – assim, no lugar “do cabra” foi parar na cadeia “a cabra”.

Enquanto isso, no civilizado Canadá, um pato quase “pagou o pato” durante um assalto a uma doceria, quando um meliante ameaçou esganá-lo caso os clientes não entregassem seus bens de forma “carneira”.

Finalizo com o caso das centenas de cachorros da Cisjordânia diagnosticados por diversos veterinários como afetados por “estresse” decorrente dos sucessivos conflitos e atentados acontecidos naquela conturbada região.

Registraram-se casos de cachorros que uivam sem parar, outros que passaram a sofrer de tremedeiras constantes e até de incontinência urinária. Vários desses cachorros têm sido medicados com Valium, um potente ansiolítico.

Um veterinário da região, entrevistado, declarou ter atendido um cachorro que, de tão traumatizado, parou de comer. Segundo ele, “há quase dois meses que o coitado se recusa a pôr as patas na rua”.

Diante deste quadro faz todo o sentido uma pesquisa que li há alguns dias, dando conta de que no mundo moderno 42% dos cachorros têm algum tipo de problema comportamental e 77% deles tomam algum tipo de medicamento. Isto quanto aos cães.

E os humanos? Pois é. Talvez, afinal, esteja correta a acusação de Oscar Wilde: “O homem é um animal racional que sempre perde a cabeça quando chamado a agir pelos ditames da razão”.

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