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TRIBUNA LIVRE

Adoração da Cruz

Coluna foi publicada na sexta-feira (29)

Ernesto Ascione | 01/04/2024, 10:57 h | Atualizado em 01/04/2024, 10:57
Tribuna Livre

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          Imagem ilustrativa da imagem Adoração da Cruz
Ernesto Ascione é padre e missionário comboniano |  Foto: A Tribuna

A Sexta-Feira Santa é o único dia, ao longo do ano, em que a Igreja Católica celebra a “adoração da Cruz”. O evangelista João foi quem melhor compreendeu este mistério da nossa salvação. Apresenta, no seu Evangelho, a Cruz como um trono, sobre o qual Cristo reina, e a nova árvore da vida, da qual vem a nossa salvação; sinal supremo do amor de Deus pelo homem e resposta superabundante à nossa sede de amar e sermos amados.

Para os Romanos, a crucificação era um suplício para os escravos; para os judeus, uma maldição divina. Jesus abraça a cruz como o esposo abraça a sua esposa para revelar seu amor gratuito e incondicional por nós.

Adoração? Veneração? Imagens? Por que a Igreja usa esta expressão, “adoração”, que parece, escandalosamente, imprópria? Não é um lenho, que se adora, mas Aquele que nele está pregado, Jesus Cristo, o verbo humanado.

As imagens têm o mesmo sentido: não se homenageia a imagem, mas o que ela representa. Como as nossas famílias amam recordar, nos retratos, os momentos felizes vividos juntos; como, os povos, nas estátuas, prestam homenagem aos vultos mais significativos de sua história. Assim, a Igreja é uma família, que ama recordar os seus campeões da fé e os mártires da caridade e apresentá-los à nossa imitação e intercessão.

Os cristãos ortodoxos vão além: consideram as imagens sagradas como uma transparência do divino, que transmitem uma energia espiritual benéfica. Uma crise iconoclástica deflagrou, na Igreja, nos séculos VIII e IX: alguns eram a favor; outros, influenciados pelos islamismo, contra as imagens (iconoclastas).

O Concílio de Niceia II (787) aprovou o culto das imagens, distinguindo claramente entre “latria” (adoração) e “dulia” (veneração). As imagens sagradas são permitidas, pois o verbo do Pai, ao se encarnar, “aprovou a confecção e o uso das imagens”.

Mateus e Marcos sublinham, de fato: Cristo “não falava a não ser por imagens”. “Quando vires Aquele que não tem corpo, tornar-se homem por teu amor, então, poderás representar seu aspecto humano. Pinta e expõe à vista de todos Aquele que te amou e por ti se fez homem” (São João Damasceno, 675-749).

No Antigo Testamento, Deus ordenou fazer imagens; proibiu, apenas, as das divindades pagãs (os ídolos): “Não terás outros ídolos (deuses – “pessel”, em hebraico), perante Mim; não farás imagens e esculturas deles” (Êx 20,3-4). As imagens são um trampolim, que nos elevam até Deus: “Faça dois querubins de ouro maciço, para pô-los em cada lado da arca da aliança” (Êx 25,18).

O Salmo canta: ”Deus está sentado sobre querubins”. “Querubins de madeira preciosa estavam à guarda da arca da aliança” e “as paredes do Templo estavam revestidas das imagens de querubins” (1Rs 6,23-28). Também, a grande cortina da arca da aliança estava enfeitada com querubins. Uma serpente de bronze, içada numa haste, no meio do acampamento, salvou o povo da destruição. São Paulo declara: “a avareza” é um ídolo (Ef 5,5). As imagens não são divindades, mas escadas que elevam a mente o coração a Deus e ao seu mistério salvífico.

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