Tecnologia e a importância para a Indústria 4.0
O investimento em tecnologias é revertido em lucratividade e na capacidade de adaptação em cenário adverso
Sejam pequenas, médias ou grandes empresas, uma coisa é certa: manter o caráter competitivo do negócio é fundamental e a tecnologia é uma grande aliada. Prova disso é que a inovação sempre esteve ligada às atividades industriais, desde a mecanização da máquina a vapor no século 18. Com o passar do tempo, sua importância e participação cresceram exponencialmente.
Se traçarmos uma linha cronológica, atualmente estamos na Quarta Revolução Industrial, também chamada de Indústria 4.0, um conceito ainda tímido no Brasil que representa a união de diferentes tecnologias, como o Big Data e a Internet das Coisas.
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A Internet das Coisas veio para trazer facilidade e ampliação da interação entre seres humanos e, dos mais comuns aos mais específicos dispositivos tecnológicos. Já a análise de Big Data facilita que um grande volume de dados seja lido e administrado de forma simultânea.
Falando especificamente das tecnologias da Indústria 4.0, elas têm alto nível de informatização e auxiliam empresas na redução e previsão de erros, diminuição de custos, aumento da produtividade e qualidade da gestão do processo produtivo.
Para se ter uma ideia da importância dessas tecnologias para a competitividade das empresas, uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que as corporações que adotaram tecnologias da Indústria 4.0 enfrentaram melhor a pandemia do coronavírus.
Desse modo, percebe-se que o investimento em tecnologias é revertido em lucratividade, melhores perspectivas e maior capacidade de adaptação em cenário adverso. E a aplicação da tecnologia nas indústrias, especificamente as ferramentas mais modernas, pode ocorrer em todas as etapas de produção.
O setor de indústria de bebidas, por exemplo, que se destaca na implementação dessas tecnologias no Brasil, faturou cerca de R$ 700 bilhões em 2019, valor 6,7% acima do registrado em 2018. De acordo com a CNI, o número está intimamente relacionado à adoção de tecnologias da Indústria 4.0.
Nesse ramo, essas ferramentas auxiliam os gestores a integrar os departamentos, efetuar tarefas como a manutenção preditiva, preventiva, monitoramento das máquinas e equipamentos, e rastreamento das etapas de produção.
Além disso, dados apresentados pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) evidenciam que as organizações do País que estão verdadeiramente inseridas nesse cenário possuem capacidade para movimentar US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos.
Por fim, as fábricas inteligentes terão total autonomia e maior capacidade para agendamento de manutenções, prevenção de falhas nos processos, adaptação aos requisitos e mudanças que não foram planejadas na produção.
A Quarta Revolução Industrial terá um impacto maior e significativo que irá se caracterizar por uma soma de tecnologias que permitem a união do mundo físico, digital e também o biológico.
Sérgio Eler Costa é diretor de tecnologia
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