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Leitores do Jornal A Tribuna

Dia Mundial da Criação

Coluna foi publicada nesta segunda-feira (02)

Ernesto Ascione | 02/09/2024, 14:16 h | Atualizado em 02/09/2024, 14:16

Imagem ilustrativa da imagem Dia Mundial da Criação
Ernesto Ascione é padre e missionário comboniano |  Foto: Acervo pessoal

O homem vive na natureza e depende dela: é a casa onde ele mora e sem a qual não poderia nem subsistir. Deus, ao chamar à existência o que ainda não existia, manifesta ser Ele o autor da criação e o responsável por sua manutenção. Preparou a criação do céu e da terra para ser habitação do homem e oferecer-lhe condições adequadas – proteção, alimentação, vestimenta, frutas, animais – para ele viver e crescer. A ciência e a técnica, fruto da inteligência e criatividade humana, completam e aperfeiçoam a obra da criação, desvendando suas incríveis potencialidades.

O relato bíblico da criação dá início à história de Israel: ”E Deus viu que tudo quanto Ele tinha feito era bom” – repete várias vezes o texto sagrado. O cenário devia ter encantado o hagiógrafo, que, ao contemplar a riqueza, a vastidão e a beleza da obra da criação, levanta um hino de louvor ao Autor dela. Ao contemplar os céus, o autor sagrado vê neles um símbolo da casa celeste e a terra, a habitação do homem, com suas águas, plantas, animais e minerais. E, em cada ser criado, descobre “sêmina Verbi”, as semente do Verbo do Deus Encarnado, Cristo, de sua inteligência e bondade.

O Novo Testamento, também, vê o mundo como uma obra, rica e bela, de Deus: uma escada para elevar o pensamento até a Deus, a fim de louvá-Lo e agradecê-Lo. Como sinais e instrumentos de sua salvação, Cristo escolhe elementos terrestres: pão, vinho, água, óleo. Nas parábolas, faz da natureza um trampolim para elevar a mente humana às sublimes realidades do Reino de Deus. Por causa do pecado, porém, a terra ficou ferida – não destruída –, produzindo “espinhos e cardos” e os valores humanos – riqueza, poder, fama – de trampolim a perigo para o ser humano cair na adoração idolátrica deles, trocando o Absoluto pelo relativo.

No primeiro domingo de setembro, se celebra “O Dia Mundial Da Criação”. “O tema, tirado da carta de São Paulo aos Romanos, Espera e age com a criação, é um convite – diz papa Francisco – para sermos, na docilidade à voz do Espírito Santo, que habita em nós, cultivadores e aperfeiçoadores da obra da criação, não predadores e destruidores. Como um jardineiro zela pelo seu jardim, assim, o homem é chamado a cuidar da obra da criação: manipulá-la e desprezá-la é uma nova forma de idolatria” .

Na sua encíclica ecológica, “Laudato Si” (2015), papa Francisco já tinha anotado: “Uma ecologia integral é feita, também, de pequenos gestos: uma palavra gentil, um sorriso cordial, dar uma mão, uma saudação espontânea, o respeito às regras do convívio social, a observância das boas maneiras e não excluir ninguém”. Em nossos países do Terceiro Mundo, predominam a vida agrícola e a extração de matérias primas; nos países desenvolvidos, a ciência e a técnica. A aliança do mundo da modernidade, unida ao cuidado da natureza e ao respeito pela vivência religiosa – que contempla na criação as pegadas de Deus – torna o nosso convívio social mais humano e mais digno de ser vivido.

- Ernesto Ascione é padre e missionário comboniano

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