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Leitores do Jornal A Tribuna

2025 e os desafios do ano internacional das cooperativas

Confira a coluna desta quinta-feira (23)

Carlos André Santos de Oliveira | 23/01/2025, 14:40 h | Atualizado em 23/01/2025, 14:40

Imagem ilustrativa da imagem 2025 e os desafios do ano internacional das cooperativas
Carlos André Santos de Oliveira é diretor-executivo do Sistema OCB/ES e vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/ES

A decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) de declarar 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas revela a importância dessas organizações para a sociedade ao redor do planeta. Ao destacar o impacto que elas promovem, a ONU dá visibilidade ao cooperativismo, mas também aumenta a sua responsabilidade.

O modelo de negócio cooperativista se destaca por colocar as pessoas no centro de todas as decisões. Nele, o desenvolvimento econômico é tão importante quanto o bem-estar social. Essa visão possibilita negócios muito mais humanos, ambientalmente responsáveis e que transformam realidades locais.

Foi esse jeito diferente de atuar que levou a ONU a reconhecer a contribuição ativa das cooperativas para a construção de um mundo melhor. Com isso, 2025 traz diversas possibilidades para o cooperativismo crescer, inovar e ampliar o seu impacto na vida da população, aumentando o seu reconhecimento.

Para aproveitar ao máximo esse cenário promissor, será preciso enfrentar alguns desafios. O primeiro deles é a contínua profissionalização da gestão e da governança. Com um mercado cada vez mais exigente, é preciso garantir uma atuação que atenda às demandas atuais e que esteja preparada para os desafios futuros.

A preocupação ambiental é outro tópico que merece atenção. O consumidor está cada vez mais consciente e criterioso, e a escolha por produtos e serviços que estejam conectados com os seus valores pessoais fazem a diferença. Mas é importante que isso ocorra de forma genuína, estando no DNA da cooperativa.

O compromisso com o desenvolvimento social pode, e deve, ser ainda mais trabalhado e ampliado. E isso pode ocorrer de várias formas, incluindo a promoção de trabalho e renda local, a geração de riqueza que permanece nas comunidades, por meio do acesso a novos mercados e pelo desenvolvimento e apoio a projetos sociais.

Além da agenda ESG, é preciso estar atento e direcionar o olhar a outros temas que pautam cada vez mais a sociedade, como o compliance, a promoção de igualdade e equidade de gênero, a inclusão social e a diversidade (entre cooperados e colaboradores), a inovação e a diversificação de produtos e serviços.

Por fim, é preciso relembrar que a declaração da ONU se baseia nos diferenciais do cooperativismo, que vêm dos seus sete princípios universais. Por isso, tê-los como norte é indispensável para manter a competitividade e a credibilidade que farão as cooperativas gerarem muito mais resultados, impactando positivamente um número maior de vidas a cada ano.

As oportunidades e os desafios que 2025 traz têm o poder de fazer o movimento cooperativista dar passos importantes, construindo uma história que não se limitará aos próximos 12 meses. Cabe às cooperativas trabalharem para que esse ano seja a porta de entrada para um futuro cada vez mais cooperativo.

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