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Sexo & Saúde

Sexo & Saúde

Colunista

Lorena Baldotto

O dia que conversei com a minha avó sobre o clitóris

| 20/06/2021, 15:52 15:52 h | Atualizado em 20/06/2021, 15:55

Esses dias recebi a visita da minha irmã, Karoline Baldotto. Nós rimos, colocamos o papo em dia, brincamos com a minha avó e desenrolamos um bate-papo muito curioso. A vovó mora comigo há bastante tempo. Começamos a perguntar para ela como eram as coisas no tempo em que era casada e ela contou, envergonhada, sobre os tabus da época.

Até que ela perguntou o que era um moldezinho que estava em cima da minha mesa e que costumo usar nas aulas que dou pelo Instagram e no meu curso sobre prazer feminino.

A primeira vez que mostrei ele aqui o povo falou que era um pássaro, um avião, um origami, enfim, mas fui explicar para ela que esse é o modelo anatômico do clitóris.

Eu disse: “Sabe aquela bolinha da vagina que dá choquinho? Ela é só essa pontinha, aqui por dentro ela é assim”.

Eis que ela responde: “Como diz isso mesmo? Critoris? Então esse é o nome da bolinha sem vergonha?” kkk (Dona Josenite, 88 anos).

Como é que pode né? Hoje a gente toma café e conversa um pouco mais abertamente sobre isso, ainda com muito tabu sobre o tema.

Claro, no tempo dela, as coisas eram bem diferentes, as crenças que ela tem, a vivência que teve...

Para vocês terem ideia, o anticoncepcional foi criado na década de 1960 e, naquela época, quem tomava era malvista.

Se a mulher fosse separada então, Deus me livre. Até 2001 (praticamente ontem), um casamento poderia ser anulado e a mulher devolvida se o cônjuge descobrisse que ela não era virgem.

Olha só! E esse modelo anatômico que mostrei? Foi descrito em 1998, e eu só ouvi falar dele quando estudei sexualidade

Nem na faculdade de Medicina, nem na residência de Ginecologia se falava disso. Ponto G até hoje é desconhecido por muitas mulheres.

São várias as barreiras que nós mulheres enfrentamos, são muitos os tabus que carregamos originados de todas essas questões culturais, daí vem a origem e muitos dos bloqueios sexuais que temos nos nossos relacionamentos.

Resolvi que meu propósito era fazer parte dessa libertação. Em minhas palestras, cursos online e consultas, trabalhamos para amenizar essas dores, a dificuldade de sentir prazer e a libido comprometida.

E você? O que tem a dizer sobre isso? Vai lá no meu instagram @dra.lorenabaldotto_sexologa e me conta se você já pensou nesse tema e qual a sua dúvida sobre ele.

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