Igreja Maranata já está presente em 92 países
Fundada em 1968, em Vila Velha, denominação evangélica reúne cerca de 2 milhões de fiéis, sendo metade desse número no exterior
Na missão de evangelizar, a Igreja Cristã Maranata está presente em 92 países, distribuídos pelos cinco continentes — África, Américas, Ásia, Europa e Oceania — e conta com mais de 10 mil unidades no mundo.
Fundada em 1968, em Vila Velha, a Igreja reúne mais de 2 milhões de membros, sendo aproximadamente 1 milhão no Brasil.
Citando experiências da presença de Deus em sua vida, o gerente de comunicação da Maranata, pastor Josias Rocha da Silva Junior, conversou com a reportagem de A Tribuna e falou sobre a trajetória da Igreja no Estado e no mundo.

No Brasil, segundo ele, os estados com maior presença da igreja são: Espírito Santo (com destaque nacional), seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia (principalmente no Sul do estado), Alagoas, entre outros exemplos.
No exterior, um dos destaques é a Bolívia. A presença da igreja no país começou em julho de 1979, com a chegada do pastor Alexandre Gueiros, que estava em missão diplomática. O primeiro culto ocorreu em La Paz, a 3.600 metros de altitude.
Outros países com atuação expressiva da Maranata incluem Estados Unidos, Panamá, Chile e, mais recentemente, Argentina.
“Na Europa, o crescimento tem sido significativo, especialmente em Portugal, favorecido pela facilidade com o idioma. Já na África, a Igreja está presente em quase todo o continente”.
O pastor Josias também destacou a atuação no Leste Europeu, onde pastores locais, insatisfeitos com experiências religiosas anteriores, têm buscado na Maranata uma vivência espiritual mais profunda.
“Ao longo do ano, recebemos mais de 150 pastores do Leste Europeu que vêm ao Brasil para uma imersão com a gente”.
O pastor destacou que, mais do que o crescimento em números, o foco da igreja é o acolhimento e a experiência espiritual dos fiéis.
“Nosso crescimento é orgânico. Pregamos uma experiência profunda, verdadeira e real com Deus, e o crescimento se torna algo natural. A nossa igreja não segue a teoria da prosperidade. O que vivemos é o encontro entre a necessidade da pessoa e a mensagem de Deus”, disse o pastor.
“É gratificante levar a palavra de Deus para todo o mundo”
A Tribuna — A que o senhor atribui esse crescimento global das igrejas evangélicas?
Josias Rocha da Silva Junior — É possível analisar esse “fenômeno” que tem alcance quase global, sob diversas óticas.
No Brasil, por exemplo, o crescimento do evangelho pode ser visto por diferentes lentes, porque existem várias abordagens dentro da igreja evangélica: há diversas doutrinas, formas de pregação e percepções distintas sobre o próprio evangelho.
No nosso caso, só posso falar com propriedade daquilo que vivemos. E, na nossa experiência, cremos que existe um Deus. Esse Deus cria o homem e estabelece para ele um projeto. Ele não nos criou por acaso, para ver no que ia dar.
Cremos em um Deus onisciente, que tem um propósito claro. E esse propósito é que o homem esteja ligado a Ele enquanto estiver neste mundo – e depois, na eternidade.
Deus dá ao ser humano a liberdade de escolher. E o que queremos é fazer essa escolha: o projeto de Deus. Entre o meu projeto pessoal de vida e o projeto de Deus, eu posso errar — Ele não. Então, eu escolho o projeto de Deus. Isso é um direito, uma escolha, uma oportunidade que recebo e quero abraçar.
Quando fez essa escolha?
Vim para a Igreja Cristã Maranata com 7 anos. Hoje tenho 57. Vim com meus pais, e, claro, nessa idade ainda não tinha maturidade para tomar uma decisão consciente. E aqui, uma das primeiras coisas que aprendi é que não vou para o céu porque a minha mãe vai para o céu. Deus deseja ter uma experiência pessoal com cada um de nós. Tive a minha aos 10 anos. Estava sozinho, no meu quarto, quando desejei profundamente sentir a presença Dele — e senti.
Como foi essa experiência?
Foi um momento íntimo de oração. Eu disse a Deus: “Quero saber se é verdade, se o que a minha mãe vive e prega é real”. O meu coração começou a se encher de uma alegria profunda, que até hoje não esqueço. Não foi algo superficial.
Ter uma experiência com Deus é algo transcendental. Vai além de qualquer coisa que a gente possa viver. E essa foi apenas uma das experiências que eu tive.
Gostaria de destacar que essa minha experiência, ela se reflete naquilo que a Igreja Cristã Maranata vive e prega, que é esse encontro pessoal com Deus, essa evidência que é ouvir a voz de Deus.
E o nosso crescimento se dá exatamente por conta das pessoas estarem em busca desse encontro, de algo que seja real, que seja dinâmico, que se repita, que se renove.
A experiência que eu tive é minha, mas cada um daqueles que está conosco tem a sua experiência, tem a sua vivência daquilo que Deus tem feito no nosso meio, no dia a dia da Igreja Cristã Maranata.
E como é possível ter essa experiência com Deus?
A Bíblia é um manual completo. Não precisa de outro — só ela. A Bíblia não apenas apresenta o projeto de Deus, como também ensina como vivê-lo. E assim, seguimos na nossa incansável missão de evangelizar. É gratificante levar a palavra de Deus para todo o mundo.
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