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Papo de Família

Papo de Família, por Cláudio Miranda

Colunista

Cláudio Miranda, terapeuta de Família e Psicopedagogo Clínico

Comunicação eficaz fortalece vínculos e autoestima com os filhos

Escutar com atenção e empatia pode transformar a relação entre pais e filhos, fortalecendo o vínculo e prevenindo conflitos no dia a dia

Cláudio Miranda, do Jornal A Tribuna | 28/07/2025, 12:30 h | Atualizado em 28/07/2025, 12:30

Imagem ilustrativa da imagem Comunicação eficaz fortalece vínculos e autoestima com os filhos
Cláudio Miranda é é da Diretoria da ATEFES (Associação de Terapia Familiar do ES), Terapeuta de Família, Psicopedagogo Clínico, Pós-graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP |  Foto: Arquivo / AT

Problemas na comunicação são alguns dos maiores desencadeadores de brigas e desentendimentos nas relações interpessoais, principalmente na família. Os filhos se queixam que os pais não os entendem e os pais reclamam que os filhos não conversam direito e que são desinteressados dos assuntos de família.

No desejo de educar e proteger seus filhos muitos pais, por dificuldade em dialogar, perdem oportunidades valiosas de dialogar com os filhos e de entender o que realmente se passa no coração e na mente deles. É muito comum os pais interromperem a linha de raciocínio de um adolescente e impor sua opinião.

Ouvir é um grande desafio. Temos sempre muito a falar e pouca disposição para ouvir. Na relação entre pais e filhos, infelizmente, isso acontece com muita frequência. Assim, a capacidade de se comunicar de modo saudável vai sendo cada vez mais comprometida no ambiente familiar.

Numa escuta ativa o pai e a mãe estarão verdadeiramente presentes, sem julgamentos. Tentarão compreender não apenas as palavras, mas também os sentimentos por trás delas. Em vez de reagir imediatamente com um “não” ou uma bronca, os pais buscarão refletir e entender o que a criança está dizendo antes de tentar responde-la. Quando interrompemos ou invalidamos os sentimentos dos filhos, estamos fechando as portas para um diálogo verdadeiro.

Numa escuta ativa, em vez de reagir impulsivamente, pare. Respire. Ouça o que a criança diz, deixe espaço para ela continuar, identifique o sentimento por trás da fala, aceite a emoção dela, só assim, você abrirá espaço para um diálogo mais profundo, em vez de uma briga. Essa é a verdadeira conversa que você deveria estar tendo.

Quando você não escuta seu filho, você cria nele uma indisponibilidade para conversar e te ouvir. Embora sua ideia seja bem-intencionada, ela não resolve o problema, porque não demonstra um entendimento do real sentimento.

À medida em que os pais demonstram uma maior predisposição em ouvir os filhos buscando entender o sentimento e o real pensamento por detrás das suas palavras, a comunicação tenderá a melhorar cada vez mais, porque:

- Haverá um fortalecimento do vínculo emocional porque os filhos se sentirão ouvidos e mais confiantes nos pais;

- Ocorrerá um desenvolvimento da autoestima por aprenderem que suas opiniões e sentimentos importam;

- Surgirá uma prevenção natural de conflitos em função de muitas discussões serem evitadas quando os pais passam a ouvir antes de reagir;

- A transmissão dos valores familiares acontecerá sem imposição porque haverá mais conexão e empatia. Os filhos naturalmente absorverão os princípios dos pais.

Muitos pais, na tentativa de proteger, acabam resolvendo todos os problemas dos filhos, tirando deles a oportunidade de desenvolver autonomia e autoestima. Permita que eles cometam erros, enfrentem desafios e aprendam a se expressar.

A escuta ativa não é apenas uma técnica de comunicação, é um ato de amor. E quando os filhos se sentem verdadeiramente ouvidos, eles se tornam mais abertos, confiantes e conectados com a família. Experimente, o resultado pode surpreender você.

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