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Papo de Família

Papo de Família

Colunista

Cláudio Miranda

Depois do Dia das Mães

Minha sugestão é: não espere que seu filho mude e fique bem, mude você! Se sentir dificuldade, busque uma ajuda terapêutica para você

Cláudio Miranda | 29/05/2023, 14:22 h | Atualizado em 29/05/2023, 14:23

Imagem ilustrativa da imagem Depois do Dia das Mães
Cláudio Miranda é terapeuta individual e familiar, psicopedagogo clínico, pós-graduado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP |  Foto: Arquivo AT

No Dia das Mães, presentes foram dados, abraços, beijos, um almoço gostoso e uma sobremesa deliciosa foram preparados. E depois? O que ficou verdadeiramente dos sentimentos, votos e declarações do Dia das Mães? Como é a normalidade na sua casa?

Que sentimento é real na sua vida familiar e no convívio com os filhos? 

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Para os filhos que disseram “Felicidades, mamãe!”, o amor expressado permanece nos dias e meses seguintes na relação familiar? 

A mãe continua recebendo esse amor dos seus filhos ao longo do ano? Há famílias que vivem o amor e a alegria de um dia só. Somente nas datas comemorativas, as pessoas ficam brandas e amigáveis. Passada a comemoração, voltam à normalidade doentia daquela casa.

Numa família saudável, os bons sentimentos e o acolhimento são vivenciados todos os dias. 

Mesmo quando acontece algum desentendimento, ele é superado em seguida. Pessoas emocionalmente equilibradas não guardam ressentimentos por muito tempo.

O comportamento bom ou ruim dos filhos, frequentemente, é uma consequência da educação que o pai e a mãe dão a eles. 

Esse amor precisa vir acompanhado de doses de limites e acolhimento. Na maioria dos casos de problemas com os filhos, um grande indicador do mau comportamento está no “amor” demasiado que eles recebem. 

Eu coloco aspas nesse amor porque ele faz parte de um comportamento equivocado e desequilibrado. 

Constata-se que os filhos têm recebido muito e dado pouco ou nada em troca. Muitos não sabem expressar gratidão pelo que recebem. Alguns se tornam verdadeiros tiranos. Outros se colocam como vítimas por achar que os pais fazem pouco por eles. 

Tornou-se comum filhos baterem e xingarem os pais, principalmente a mãe, que é a mais atacada por estar na linha de frente. Isso acontece porque eles recebem um tipo de autorização para esse comportamento. 

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Eles agem mal uma vez e não são repreendidos, então eles incorporam o hábito de tal forma que o desrespeito se torna uma regra naquela família.

Se você tem um filho ou uma filha assim, é provável que esteja dando demais para eles. Sugiro que comece a dar menos coisas e menos da sua compreensão a seu filho. Dê menos atenção às necessidades dele. 

Demonstre o seu descontentamento e sua decepção com o jeito ríspido como ele te trata e se dirige à você.

Simplesmente se afaste. Deixe que eles preparem o próprio lanche. Na hora do almoço, não os chame pra comer. Pare de comprar  guloseimas que eles gostam no supermercado. 

Não se incomode se ele ou ela tomou banho ou não. 

E uma coisa importante: não fale nada disso com eles, apenas se afaste em silêncio. Na carência, na falta e na ausência, talvez seu filho mude o comportamento.

Penso que os problemas comportamentais dessa geração estão muito relacionados com o modelo educacional que recebem dos pais. 

Há pais que, por sua vez, não sabem impor seu respeito aos filhos ou agem de forma imatura, medindo força com eles. 

Então minha sugestão para você é:

Não espere que seu filho mude e fique bem, mude você! Se sentir dificuldade, busque uma ajuda terapêutica para você.

Cláudio Miranda é terapeuta individual e familiar, psicopedagogo clínico, pós-graduado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

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