Mundo paralelo

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas chamou a reforma tributária aprovada no Senado de "surreal" |  Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), diz ser “surreal” que a reforma tributária aprovada pelo Senado inclua mecanismos que favorecem a guerra fiscal entre estados. Ele defendeu que esses pontos sejam revertidos pela Câmara. “Não faz o menor sentido aprovar uma reforma tributária para acabar com a guerra fiscal e a gente coloca a guerra fiscal dentro do texto constitucional. É surreal”, declarou a uma plateia de empresários em jantar do Grupo Voto, na segunda-feira (13).

Meio cheio

Entre os pontos que mais incomodaram os paulistas estão regimes fiscais especiais para montadoras de regiões como Centro-Oeste e Nordeste, além de incentivos para a indústria na Amazônia. Apesar disso, Tarcísio reconheceu pontos positivos na reforma, como a uniformização da alíquota e a simplificação do sistema.

Me liga

No mesmo evento, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), indicou que pretende disputar a Presidência em 2026. “Enquanto o povo gaúcho, ou quem sabe eventualmente, o povo brasileiro entender que é o meu papel dar a minha contribuição, podem contar comigo”, declarou à plateia.

Elementar

Secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite disse que os críticos da Operação Escudo, que deixou 28 mortos no litoral, têm parentesco com criminosos ou os idolatram. A declaração foi dada em live do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) na segunda-feira (13).

Margem de erro

Derrite afirmou que pesquisas não divulgadas pela gestão Tarcísio de Freitas mostraram aprovação de 84% da população à operação. Na Baixada Santista, segundo ele, o índice é de 90%. “Aqueles 10% é parente de bandido ou alguém que idolatra o criminoso e acha que a polícia é o malvado na história”, disse. A operação é criticada por entidades de direitos humanos e é alvo de denúncias de tortura por moradores da região.

Folhinha

Deputados da base e de oposição ao governo acertaram um cronograma para a tramitação do projeto de venda da Sabesp que prevê o início da discussão no plenário da Assembleia em 5 de dezembro. PT e Psol querem adiar a votação ao máximo, mas governistas acreditam que seja possível votar o tema já no dia 12.

Gula

Lideranças de partidos base de Tarcísio em SP afirmam que o crescimento expressivo do número de prefeitos do PSD no estado é insustentável e já tem resultado em refluxo de filiados. A legenda comandada pelo secretário estadual de Governo, Gilberto Kassab, multiplicou por sete o número de prefeitos este ano, de 46 para 329. A explosão incomodou legendas como PL, PP, Republicanos e União Brasil.

Pesos

Responsável por levar a mulher de um suposto líder do Comando Vermelho ao Ministério da Justiça, a ex-deputada estadual do Psol Janira Rocha (RJ) foi absolvida pela comissão de ética do partido da acusação de rachadinha, em 2014. Sete anos depois, no entanto, ela foi condenada pela Justiça em primeira instância pela mesma razão. A acusação acabou prescrevendo sem que o processo chegasse ao fim.

Caridade

O Psol considerou na época que a prática dos assessores do gabinete de darem uma parte de seus salários para o partido era voluntária e de acordo com o estatuto da legenda. A ex-parlamentar deixou a sigla em 2020.

Palanque

O deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) se reuniu na segunda-feira (13) com representantes das principais centrais sindicais para discutir sua campanha à Prefeitura de SP. Estavam presentes dirigentes da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Intersindical, CSB e Nova Central. Praticamente todas devem apoiar o psolista na eleição.

Todas

O Itamaraty prevê chegar até o final de 2023 com 25 mulheres chefiando embaixadas ou missões internacionais em um total de 133 postos disponíveis, ou 18,8% do total. Há um ano, eram 13,5%. No total, as mulheres representam 23% dos diplomatas do ministério. Na segunda-feira (13), Glivânia Oliveira foi indicada embaixadora em Caracas, na Venezuela, posto considerado sensível.

Resposta

Coordenador do grupo jurídico Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho, criticou a Conib (Confederação Israelista Brasileira) após a entidade ter chamado de “perigosa” declaração do presidente Lula em que comparou a ação militar de Israel em Gaza ao ataque do Hamas. “Equivocadas e perigosas são a miopia e a indignação seletiva dos que insistem em não enxergar o óbvio”, diz.