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Olhares Cotidianos

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Colunista

Geração Beta chegou

Confira a coluna desta quinta-feira (23)

Sátina Pimenta | 23/01/2025, 14:10 h | Atualizado em 23/01/2025, 14:10

Imagem ilustrativa da imagem Geração Beta chegou
Sátina Pimenta é psicóloga clínica, advogada e professora universitária

Inteligência artificial. O prompt é: “Atue como colunista de um jornal de grande circulação cujo foco é falar sobre cotidiano alinhado com conhecimentos da Psicologia, Filosofia e Ciências Sociais. Utilize a técnica do storytelling.

A partir daí, realize um artigo de no mínimo 2000 caracteres sobre o tema ‘conflito de gerações e o surgimento da geração Beta’. Inclua referências de dois teóricos, sendo um da Psicologia e um da Sociedade 5.0. A linguagem do artigo deverá ser acessível e descontraída”.

Em menos de um minuto, o artigo que você estaria lendo seria criado.  Calma… não é isso que vai acontecer!

Mas esta é a realidade que a geração Beta vai encontrar. Nascidos a partir de 2025, eles serão os primeiros nativos da Era da Inteligência Artificial (IA). Mas será que isso significa facilidade ou um novo tipo de desafio?

Os sociólogos criaram esses recortes baseados em aspectos como transformações tecnológicas, eventos históricos, contextos sociais e comportamentais predominantes em um período para determinar as gerações! Exemplo: A geração Alpha, que abrange os nascidos de 2013 a 2024, cresce totalmente imersa no digital e representa a primeira geração inteiramente nascida em um mundo com dispositivos inteligentes onipresentes.

Agora, com a chegada dos Betas, temos uma geração que nasce diretamente na esteira da IA e da automação massiva e tem como característica a interação natural e quase instintiva com IAs, robôs e realidades híbridas.

Teoricamente, eles terão tudo na palma das mãos, sem grande esforço. Só que não é bem assim. Veja, um prompt é uma orientação que precisamos dar à IA para que ela funcione segundo o que desejamos ou almejamos. Só que, para isso, eu preciso saber o que eu quero. E aí está o grande desafio: o que fazer com todas essas “facilidades” que as tecnologias oferecem se eu nem sei o que realmente quero ou preciso?

O psicólogo Erik Erikson defendeu que cada fase da vida traz uma “crise” central. Para os Betas, essa crise pode girar em torno da identidade e do propósito em um mundo onde tudo parece estar à disposição, mas exige discernimento para ser bem utilizado. É o que diferencia consumir passivamente de criar algo significativo.

Não basta ter acesso à tecnologia; é o domínio sobre como utilizá-la que fará a diferença. Os Betas precisarão investir em habilidades cognitivas, emocionais e éticas para não caírem na armadilha da mediocridade.

Na perspectiva da Sociedade 5.0, a ideia é usar a inteligência artificial e a automação não apenas para produtividade, mas para solucionar problemas humanos. Para os Betas, isso pode significar menos esforço físico e mais esforço intelectual: criar, pensar criticamente, inovar e equilibrar o real e o virtual.

Curiosamente, eles até podem buscar o oposto do que temos hoje. Ao invés de optarem por uma corrida em um simulador de última geração, podem preferir o ar fresco de um parque. A busca pelo “real” pode se tornar uma forma de escapismo digital, um novo movimento para equilibrar a vida.

Assim, a geração Beta nos lembra que, embora a tecnologia transforme o mundo, ela não resolve as questões da existência humana. Os Betas terão que usar a mente e o coração para dar significado a esse poder. 

E então, geração Beta, prontos para comandar o futuro?

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