Trinco tricolor…
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Bem ajustado em seu sistema defensivo e sem vergonha de levar a campo um Fluminense com três zagueiros protegidos por três volantes, Renato Gaúcho conseguiu colocar entre os oito melhores do Mundial o time mais desacreditado dos quatro brasileiros que representaram o futebol do País na competição. E se os tricolores entram em campo confiantes para enfrentar o milionário Al Hilal, nesta sexta-feira (4) à tarde, em Orlando, nas quartas de final dessa Copa da Fifa é porque os números mostram que a força do time está mesmo na consistência defensiva.
Trunfo elementar para duelos com oponentes mais ricos e tecnicamente bem encorpados.
O Fluminense sofreu dois gols em quatro jogos já disputados, um a mais do que o PSG que teve a defesa vazada uma vez – e pelo Botafogo do demitido Renato Paiva. Está ao lado de Palmeiras e Real Madrid (todos com dois gols sofridos) e na frente de Al Hilal, Bayern, Borussia e Chelsea, todos com quatro gols sofridos.
A mim parece relevante porque se houve algo a minar os últimos trabalhos de Renato Gaúcho nos times que dirigiu foi justamente a inconsistência defensiva. Agora, mesmo, no Brasileirão, embora seja o sexto colocado, seu time tem só a nona melhor defesa, com 12 gols em onze jogos. Flamengo, Botafogo e Palmeiras têm as três melhores.
Às vésperas de a bola rolar nos Estados Unidos, salientei neste espaço que os times brasileiros deveriam se valer de um mínimo de organização defensiva, se quisessem realmente fazer frente aos europeus. Primeiro, porque eles subestimam a capacidade tática dos técnicos daqui; depois, por estratégia já experimentada nestes confrontos.
Basta perguntar a treinadores como Paulo Autuori, Abel Braga e Tite o que fizeram em duelos com Liverpool, Barcelona e Chelsea nas finais dos Mundiais vencidos pelo São Paulo, em 2005; pelo Internacional, em 2006; e pelo Corinthians, em 2012. Confrontos em que os brasileiros souberam se defender sem se acovardar.
O Fluminense tem tudo para repetir a boa atuação defensiva das partidas contra Borussia e Inter de Milão, com Freytes, Thiago Silva e Ignacio na zaga, Bernal, Martinelli e Nonato no meio. São pilares que deixarão jogadores como Arias, Samuel Xavier e Cano com liberdade para as jogadas ofensivas.
Este duelo com o surpreendente Al Hilal do técnico italiano Simone Inzaghi, que já encarou o Real Madrid de Xavi Alonso e eliminou o Manchester City de Guardiola, promete…
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