Sem retorno...
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Curioso que em um Flamengo presidido por um bem sucedido empresário, que liderou os negócios de dois grupos de mídia no Brasil ruídos na comunicação, estejam minando a paz do clube. Nas mensagens por zap trocadas entre o diretor de futebol José Boto e o jornalista Mauro Cezar Pereira, na semana passada, soubemos que o artilheiro Pedro tem preço: por 15 milhões de euros tem conversa. Fato gerador de atitudes infantis em ambiente que deveria ser profissional.
Na terça-feira (22), em conversas num grupo fechado que reúne rubro-negros influentes na mesma ferramenta, fomos sabedores que o meia De la Cruz não consegue jogar com regularidade no Flamengo porque há “lesão crônica no joelho direito, e outra no esquerdo, problemas que lhe atrapalham no equilíbrio muscular e no jogo competitivo”.
Informação que não mereceria tanto crédito se não tivesse sido passada, despretensiosamente, pelo diretor médico do clube, o renomado José Luis Runco.
Se o imbróglio envolvendo Boto e Pedro, com participação especial e desnecessária de Filipe Luis, foi resolvido, não sabemos. O técnico diz que sim. Mas a questão que envolve o meia uruguaio não é caso mal-entendido.
De la Cruz, afastado novamente do time que nesta quarta-feira (23) enfrenta o Bragantino, em Bragança, para reforço muscular, não consegue regularidade. Este ano, o jogador participou de 1.332 minutos dos 3.780 do Flamengo - 35,2%.
E isso tem sido motivo de questionamento nos bastidores. Temperado por um uma política efervescente, tem sido discutido no clube por que foram gastos cerca de R$ 102 milhões na compra de um meia de 27 anos à época que era portador de uma lesão crônica no joelho.
Segundo recente balanço, o Flamengo pagou em torno de R$ 92 milhões ao River Plate e ao Liverpool, do Uruguai, por 100% dos direitos econômicos, e R$ 9 milhões em comissões de intermediários e agentes do jogador. E os números mostram ter sido negócio caro.
Números em campo
De la Cruz, contratado no início de 2024, tem até aqui três gols e seis assistências em 61 jogos. Em seu primeiro ano atuou por 2.954 minutos, que significam 44,9% do tempo jogado pelo clube.
E no Brasileiro, fez só 29,6% da carga, atuando por 1.013 minutos em 15 jogos - equivalente a onze completos. Fabrício Bruno, por exemplos, um dos que mais jogou, fez 4.600 minutos, 70% da carga total. Ou seja: como negócio, ainda não vingou…
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