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O brasileiro Edu Gaspar, ex-gestor do futebol do Arsenal, disse em recente entrevista que a boa fase do clube inglês, um dos quatro semifinalistas da Champions, se deve ao entendimento da cúpula dos Gunners, após o vice-campeonato da Premier da temporada 23/24, sobre a importância de renovar o contrato do espanhol Mikel Arteta e fazer ajustes no elenco, adequando-o ao sistema e à filosofia de jogo do jovem treinador.
Em vez da troca no comando, os gestores resolveram olhar para seus desafios, mexer no elenco e apostar na parceria por mais três anos.
Em seis anos de Arsenal, Arteta tem no currículo as conquistas da Copa da Inglaterra (2019/20) e de duas Supercopas (2020/21 e 23/24). Foi o segundo colocado nas duas últimas edições da Premier e é de novo o vice, a 13 pontos do líder Liverpool, a cinco rodadas do término do campeonato.
Não é desempenho para livrá-lo das críticas, é claro, mas a presença do time no play-off semifinal da Champions contra o PSG é resultado dessa aposta na continuidade do trabalho. Algo impensável por aqui, onde a solução mais adotada é a demissão do treinador.
Faço este paralelo de olho na situação do português Renato Paiva, treinador do Botafogo, que hoje encara o Estudiantes, na Argentina, pela terceira rodada da Libertadores. Contratado para assumir o time a um mês da estreia na Série A, Paiva se vê em situação bem desconfortável no comando do atual campeão brasileiro e sul-americano, com 38% de aproveitamento em sete jogos.
Mas, como Leonardo Jardim, no Cruzeiro, não foi quem escolheu os jogadores do elenco. A ponto de John Textor vir a público intervir, antecipadamente, em defesa dele.
O milionário americano sabe, como alertou Edu Gaspar, que a forma mais eficaz de corrigir os rumos de um time é ajustando a capacidade do elenco às necessidades do sistema do treinador. Como ele próprio fez na temporada passada reforçando o time de Artur Jorge com Luís Henrique, Thiago Almada e Alex Teles.
Mas Textor sabe que possíveis tropeços nos confrontos de hoje, contra o Estudiantes, e de sábado, contra o Fluminense, deixarão o treinador em situação muito difícil. E achei o máximo a frase com a qual ele resumiu o momento. “A temporada ainda é nova, mas a tradição do pânico é velha.”
Estratégico
O 0 a 0 em Quito ficou de bom tamanho para o Flamengo, mas, pela mediocridade técnica da LDU, dava voltar do Equador com os três pontos.
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