Cicatrizes
Coluna foi publicada no domingo (10)
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Como Fernando Diniz antecipou em sua última coletiva antes de estrear no comando, a seleção usaria muito do mecanismo da “era Tite”. Mas, ainda assim, foi possível perceber a tentativa dos jogadores de aderir ao conceito do novo treinador. Do agrupamento em um lado do campo para as viradas de bola repentinas à marcação no campo adversário, a atuação dos brasileiros deixou ótima impressão.
Pontuação à parte, foi importante ter estreado nas Eliminatórias para a Copa de 2026 com esta goleada sobre a Bolívia, em Belém. Não é parâmetro para nada, já sabemos. Mas, como nos ensinou o português Luís Castro, “os bons resultados compram” tempo de trabalho. E não foi um 5 a 1 protocolar.
Acolhidos por gente tão afetuosa, Neymar e cia brindaram os torcedores com um futebol alegre e insinuante.
Sendo assim, a Seleção agora sob o comando de Fernando Diniz fez o que dela se esperava: distribuiu simpatia nos contatos com os paraenses, mostrou que as feridas do último Mundial já cicatrizaram e exibiu-se em um gramado brasileiro com a galhardia de quem veste a camisa cinco vezes campeão do mundo.
As principais forças abriram as Eliminatórias com vitória, mas só o Brasil fez cinco gols. Raphinha, um dos destaques, abriu na direita, Neymar e Rodrygo se alternaram na ocupação dos espaços da esquerda para o meio, os laterais se ofereceram para a dobra, e os volantes pisaram na área.
Richarlison pareceu perdido com a movimentação dos parceiros de ataque, mas há de se levar em consideração o início de temporada na Premier League - um só gol nos cinco jogos disputados.
O time se impôs sobre um oponente que se fechou no campo de defesa e não conseguiu trocar sequer dois passes por minuto - 156 em 90. O sistema defensivo brasileiro acabou não sendo testado.
Mas foi possível perceber que há o que se acertar, ainda que a proposta de jogo de Diniz aceite o risco. Os bolivianos finalizaram três bolas na direção do gol e uma entrou. Vejamos como se sairá nos jogos como visitante.
As seleções nacionais existem para dar aos torcedores a oportunidade de se confraternizarem, ainda que separados por paixão clubística. E visto por essa ótica não se pede mais do que empatia dos jogadores e compromisso com a arte do jogo. As vitórias, os títulos e os momentos marcantes vêm dessa combinação. E se não vierem, ao menos terão deixado na memória afetiva dos torcedores o gosto pelo futebol.
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Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
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