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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

Mutações nem sempre prejudicam o ser humano

| 01/12/2020, 14:00 h | Atualizado em 01/12/2020, 14:03

Mutações são mudanças que ocorrem no material genético dos seres vivos, constituindo uma importante fonte de variabilidade genética, sendo muitas vezes responsáveis pelo surgimento de novas espécies.

Essas metamorfoses genéticas são extremamente importantes, pois é o DNA que carrega as informações necessárias para a síntese proteica. Modificações nos genes afetam diretamente a proteína a ser sintetizada, resultando em surgimento de uma característica não esperada. Mutações podem causar desde mudanças físicas, até transformações comportamentais.

Modificações podem ocorrer por causa de erros na replicação, ou por fatores externos. Na replicação incorreta, no momento da síntese da nova molécula de DNA, podem surgir lapsos que fazem com que a cópia não seja idêntica à original.

Além de falhas na replicação, podemos citar a ação de agentes externos, que podem causar a quebra e reparação incorreta do DNA. Como exemplo de fatores externos, podemos citar a radiação.

Mutações acontecem de forma aleatória, ou seja, não surgem como forma de suprir necessidades do organismo ou até mesmo para prejudicá-lo de alguma forma. Por ocorrerem ao acaso, as mutações geram diferentes respostas, afetando de forma positiva, negativa ou não causando nenhuma modificação.

Mudanças no material genético constituem a principal fonte de variação genética existente. Por garantir variabilidade, ou seja, que os indivíduos apresentem DNA diferentes, as mutações são consideradas um ponto importante para o processo de evolução dos seres vivos. É por meio delas que surgem características adaptativas úteis, o que garante a seleção de espécies mais adaptadas.

Mutações podem ser benéficas, neutras ou nocivas e, portanto, não são direcionadas, ocorrendo de forma aleatória. Isso quer dizer que uma mudança no DNA pode proporcionar uma melhoria no organismo, não causar nenhuma vantagem ou prejuízo, ou ainda desencadear problemas, como no caso das doenças genéticas. Assim sendo, a mutação não aparece para garantir a evolução de um organismo, sendo completamente ao acaso.

Convivendo com o SARS-CoV-2, é importante lembrarmos que essa minúscula estrutura sofre enormes recombinações e mutações em seu material genético.

Vírus RNA, como o coronavírus, possuem altas taxas de mutação, enquanto aqueles tipos DNA apresentam índices menores.

A principal diferença reside na maquinaria da cópia. A maioria dos vírus DNA copia seu material genético usando enzimas da célula hospedeira, que revisam o DNA, reconhecendo e consertando os danos, enquanto realizam a cópia. Já os vírus RNA usam enzimas que não fazem correção e, portanto, cometem mais erros.

Gritando em silêncio, toda mutação, boa ou ruim, busca algo que faz evoluir, quer chorando, quer sorrindo.

A Covid-19 vem sofrendo mutações que aumentam sua infectividade, mas diminuem sua letalidade.

Entre histórias inacabadas e pontos finais, segue a vida, esse mistério em busca de compreensão.

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