Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Doenças emergentes

Artigo da coluna Doutor João Responde, do Jornal A Tribuna

João Evangelista Teixeira Lima | 28/02/2023, 14:08 14:08 h | Atualizado em 28/02/2023, 14:10

Paciente com pneumonia de causa desconhecida em Wuhan, China, dá entrada em hospital no dia 8 de dezembro de 2019. Seu estado piora rapidamente. Médicos retiram fluidos de seus pulmões e enviam amostra para uma empresa privada de sequenciamento de genoma. Que espécie de germe fervia naquela larva de sofrimento humano?

Tratava-se de um novo coronavírus, embora ninguém ainda soubesse.

Algum tempo depois, utilizando o microscópio eletrônico, pôde-se detectar a famosa espícula de proteína localizada ao redor da misteriosa partícula, e que dá nome a essa família viral. Altamente evolutivos, essas entidades penetram em células vivas, onde se replicam e sofrem mutações.

Em todo o planeta, uma grande quantidade de vírus, bactérias, fungos e protozoários afeta a população. Alguns são velhos conhecidos de todos e frequentemente acometem os seres humanos. Outros surgem e provocam grande destruição. 

O aparecimento do SARS-CoV-2, que contaminou o mundo pela sua fácil e rápida disseminação, serve como exemplo de vulnerabilidade da população diante das chamadas doenças emergentes.

Peste bubônica, gripe espanhola, tuberculose, cólera, ebola, febre amarela, dengue, Aids, entre tantos outros, são doenças que surgem, ou retornam, causando preocupação e medo.

Doenças emergentes referem-se às doenças novas ou que foram recentemente identificadas. Tal definição também se enquadra nas patologias conhecidas, cujos padrões dos microrganismos se modificaram.

Doenças reemergentes são doenças conhecidas e que estavam controladas, mas que retornaram por alguma mudança no padrão epidemiológico ou novos hospedeiros suscetíveis.

Podemos citar, por exemplo, o sarampo. Após receber o certificado de região livre do sarampo endêmico, junto com outros países do continente, o Brasil  voltou a enfrentar  nova disseminação dessa doença, com 10.429 casos confirmados em 2019. 

A dengue, constante no Brasil desde o final da década de 1990, continua sendo uma das principais zoonoses reemergentes.

Crescimento demográfico de determinada região, baixa atuação do setor da saúde, mudanças e adaptações dos micro-organismos, além de manipulação de germes em laboratórios, são exemplos de fatores que influenciam no aparecimento e na volta dessas enfermidades.

Mudanças climáticas, degradação ambiental e a maneira como exploramos os recursos naturais, também estão relacionadas ao aparecimento e reaparecimento de outras patologias consideradas como erradicadas. Finalmente, a facilidade de migração, observada nos dias atuais, auxilia na rápida disseminação dos organismos causadores de uma área para outras regiões.

A prevenção de doenças conhecidas, o controle de vetores e a vacinação continuam sendo as principais intervenções para reduzir o impacto de doenças contagiosas.

Quando a sabedoria descansa na certeza, a ignorância ataca de surpresa.

Na competição entre seres humanos e micróbios, a única defesa que os humanos possuem é a sua inteligência.

Seu limite gratuito de 15 matérias bloqueadas acabou...
Ficamos felizes em tê-lo como nosso leitor! Assine para continuar aproveitando nossos conteúdos exclusivos:
Assinar Já é assinante? Acesse para fazer login

SUGERIMOS PARA VOCÊ: