Procurador quer “infiel” sem fundo e sem TV
Estado de São Paulo
Pareceres do vice-procurador-geral eleitoral Humberto Jacques de Medeiros liberam os deputados “infiéis” de PDT e PSB para manter os atuais mandatos, mas determinam que a fatia do Fundo Partidário e o tempo de rádio e TV não fiquem nem com o partido nem com o parlamentar.
Ou seja, para efeito de cálculos e coeficientes, os votos recebidos por eles nas eleições seriam “descomputados”. Com a solução “nem-nem”, Medeiros espera desincentivar os “divórcios litigiosos” e favorecer a fidelidade entre as siglas partidárias e os parlamentares.
É meu. Os “infiéis” pedem ao TSE para sair dos partidos, mas manter os mandatos, alegando justa causa, por votarem a favor da reforma da Previdência.
Corre. Pelo menos cinco dos sete deputados do PDT e do PSB já tiveram seus pareceres elaborados. Tabata Amaral (PDT-SP) tem audiência marcada no TSE na próxima quinta-feira.
Cuma? A proposta do vice-procurador-geral causou certa confusão no meio jurídico e político. Deputados ficaram achando que levariam embora consigo os recursos do fundo.
Aff. Advogados de partidos alegam que seus clientes são os mais prejudicados com a tese “nem-nem”, pois perdem o mandato e benefícios advindos deles.
A ver. A decisão caberá ao TSE. A lei hoje determina que mandatos (dinheiro e tempo de TV) pertencem aos partidos políticos.
Em alta. O senador Antônio Anastasia (MG), recém-chegado ao PSD, está despontando como um nome de consenso para presidir a Casa, na sucessão de Davi Alcolumbre em 2021.
Em alta II. Atual vice-presidente, ele conta com a simpatia de quadros históricos, como Tasso Jereissati (PSDB-CE), e também de Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ah, o PSD caminha para se tornar a segunda maior bancada do Senado.
Mineirês. Interlocutores do senador (egresso do PSDB), contudo, dizem que ele próprio faz poucos movimentos e teme soar desleal para com Alcolumbre, de quem é muito próximo e que ainda tenta um jeito de se manter no cargo.
CLICK. Eduardo Bolsonaro disse, em reunião com três deputados, que o PSL deixaria o chamado “blocão” – aglomeração parlamentar com partidos de Centrão.
Devagar. A regulamentação das apostas esportivas deve sofrer novo atraso: o Ministério da Economia abriu mais uma consulta pública, com uma proposta bem diferente, e a troca no comando da secretaria responsável pelo texto.
Devagar II. A previsão inicial era de que tudo estaria pronto para sanção presidencial neste mês. O novo texto diz que o processo será por licença: apenas 30 disponíveis, a princípio. O setor vê com preocupação o “recrudescimento” da proposta inicial, considerada bem mais liberal.
Mudança. A expectativa é de reestruturação na Secap, com a ida da parte de loterias para, possivelmente, o secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos da Costa.
Bandeira... Depois do imbróglio em torno do Conselho da Amazônia, Hamilton Mourão vai para Belém amanhã encontrar Helder Barbalho (MDB-PA).
...branca. Os governadores do Norte não participam do colegiado conforme decisão de Jair Bolsonaro. Por isso, foram muito críticos à criação do conselho.
Pronto, falei!
Sobre a análise dos vetos do Orçamento de 2020
"Voto pela manutenção do veto 52. Conflitos entre o Poder Executivo e Legislativo não ajudam a população”.
Daniel Coelho, deputado federal (Cidadania-PE)
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Coluna do Estadão,por Estado de São Paulo