Estatais inúteis sugam R$ 17 bilhões do Tesouro
Cláudio Humberto
Dezenove estatais federais dependentes do Tesouro Nacional para pagar suas contas receberam em 2019 mais de R$ 17 bilhões retirados do bolso de quem paga impostos.
A maioria dessas estatais é deficitária, mesmo recebendo subvenções bilionárias, segundo atestou a Secretaria de Desestatização do Ministério da Economia. Apesar de deficitários, esses centros de ineficiência continuam concedendo generosos penduricalhos, benefícios, auxílios e bônus a diretores e funcionários.
Listão do desperdício
Sugam recursos do Tesouro as estatais Amazul (ligada à Marinha), CBTU, Ceitec, Codevasf, Conab, EBC, CPRM e outras dispensáveis.
Não deixariam saudades
Entre as sanguessugas estão Ebserth, EPL, GHC, HCPA, INB, Nuclep, além de Imbel, Telebrás (“extinta” por FHC), Trensurb e Valec
Piada sem graça
A Ceitec S/A simboliza o absurdo: até teve sua liquidação iniciada, mas a Justiça condenou o Brasil a continuar sustentando essa inutilidade.
Me engana que eu gosto
Estatal de “tecnologia avançada” (sic), a Ceitec diz ter pessoal “altamente capacitado”, mas paga benefícios para cursos profissionalizantes.
Mesa da Câmara abre caminho a “voto de assessor”
Trocando em miúdos, a longa lista de resoluções na reunião da mesa diretora da Câmara, ontem, deixou claro que nas votações realmente importantes serão confiáveis para os deputados apenas a urna e a cédula de papel. Já outras deliberações “menos relevantes” podem ser votadas remotamente. Mas, na vida como ela é, a maioria dos parlamentares passa a senha para assessores de confiança, que votam pelos legisladores, e estes permanecem no conforto do home office.
Vida como ela é
Na prática, é assim: o parlamentar instrui seu preposto: sempre a favor do Executivo se for governista ou sempre contra, caso seja de oposição.
Sozinho não vai
Temendo envolvimento em escândalos, com o rastreamento de voto, assessores acabarão compartilhando a senha com colegas do gabinete.
“Domínio público”
Com a permanência de suas excelências no conforto da base, sua senha eletrônica será de domínio também dos escritórios políticos nos estados.
Fim da malandragem
Entre as 34 proposições que Bolsonaro elencou como prioridades para o Congresso em 2021, está o projeto que acaba com antiga malandragem no serviço público: abonos, adicionais etc. que driblam o teto salarial.
Velho cacoete
Condenado por corrupção e outras maracutaias, o ex-presidiário Lula segue a estratégia de desqualificar quem o investiga, denuncia e julga. Como observou certa vez o então presidente do STJ, João Otavio de Noronha, curiosamente, Lula nunca contesta as provas abundantes.
Chovendo no molhado
Heitor Freire (PSL-CE) apresentou projeto de lei para permitir a quebra de patente das vacinas contra a Covid, para serem fabricadas no Brasil. Não precisa. Tratado no âmbito da Organização Mundial do Comércio permite a quebra temporária de patentes em caso de emergências.
Nem o básico
Bastou retirar Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre de suas cadeiras e a comissão de Orçamento será criada. Os ex-chefes do Congresso nem sequer instalaram a comissão porque priorizaram a briga com Bolsonaro.
Finalmente, trabalho
O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), marcou para a próxima terça-feira, às 10h, a primeira reunião do Colégio de Líderes, após a eleição da nova composição da Mesa Diretora.
Top 3 do petróleo
A produção de petróleo no Brasil superou, em 2020, a dos Emirados Árabes, terceiro maior produtor do mundo. Foram produzidos 2,94 milhões de barris por dia, contra 2,78 milhões do país árabe. O Brasil agora só produz menos petróleo que a Arábia Saudita e o Iraque.
Exemplo
Única democracia do Oriente Médio, Israel superou ontem a marca de mais de 60% da população vacinada. É quase quatro vezes a proporção da população vacinada do Reino Unido, que imunizou mais de 15%.
Caso de sucesso
O Podemos, ex-Partido Trabalhista Nacional (PTN), é um fenômeno no Senado. Quase duplicou a bancada de cinco para nove senadores em relação ao início da legislatura e já é maior que o tradicional PSDB.
Pensando bem...
...sem força no Congresso, a oposição vai acampar no STF até 2022.
Poder sem pudor
Despacho a jato
Governador da Paraíba, Ernane Satyro estava impaciente: ainda teria de receber um prefeito e já estava atrasado para um compromisso. Seu chefe de gabinete teve o cuidado de pedir ao prefeito que objetivasse a conversa: “Vá direto ao assunto e seja breve. O governador é muito objetivo.” Já diante do governador, o prefeito disse: “Vim tratar sobre dois assuntos. Eu sei que o sr. é objetivo e prático...” Satyro interrompeu a conversa: “Muito bem, amigo velho, diga então qual o segundo assunto!”
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Cláudio Humberto,por Cláudio Humberto