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Ciência e Tecnologia

Governo quer encontrar crianças desaparecidas com ajuda das redes sociais

Entenda como irá funcionar a parceria com a Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram


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Imagem ilustrativa da imagem Governo quer encontrar crianças desaparecidas com ajuda das redes sociais
Os alertas emitidos no Facebook e no Instagram já estão em uso em cerca de 30 países |  Foto: Reprodução/Canva

O Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou nesta quarta-feira, 30, uma parceria com a Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram, para auxiliar na busca de pessoas desaparecidas. As redes vão emitir alertas aos usuários com informações a respeito de crianças e adolescentes desaparecidos que estejam em risco de vida ou de lesão corporal.

Os avisos, chamados "Alerta Amber", serão divulgados em um raio de 160 km da ocorrência. As autoridades deverão informar ao ministério sobre os casos e a pasta entrará em contato com as plataformas. Inicialmente, apenas três Estados terão o serviço: Minas Gerais, Distrito Federal e Ceará.

A expectativa é de que o modelo seja ampliado para todo o País até janeiro, mas isso depende da adesão dos Estados. Além de informações a respeito de crianças e jovens desaparecidos, as publicações poderão conter informações adicionais, por exemplo, relativa às características do eventual veículo que tenha sido usado no rapto, entre outras.

Segundo dados do ministério, o Brasil registra cerca de 199 desaparecimentos por dia. Entre esses casos, cerca de 120 pessoas são encontradas. A expectativa da pasta é reduzir o passivo de casos não solucionados.

"Estamos restabelecendo com Estados um fluxo de como esses desaparecimentos são registrados, como são posteriormente classificados e como comunicam a localização dessas pessoas. O primeiro trabalho é de consolidação de dados. O segundo é de definição de protocolos e manuais relativos a esse tema e o terceiro passo é em parceria com a Meta", afirmou o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Os alertas emitidos no Facebook e no Instagram já estão em uso em cerca de 30 países. A medida é focada em desaparecidos menores de 18 anos, que são considerados mais vulneráveis. A diretora global de Responsabilidade e Segurança da Meta, Emily Vacher, afirmou que os avisos não serão corriqueiros para garantir sua efetividade.

"Gostaria de enfatizar que esses alertas serão usados raramente. Só utilizaremos em caso de maior risco e que tenham condição de serem resolvidos com ajuda do público", afirmou Emily.

Além dos avisos, a Secretaria Nacional de Segurança Pública vai implementar um protocolo de análise de risco para priorizar casos a serem resolvidos. A medida pretende incrementar o potencial de resolução dos casos nos Estados. A pasta também fará um cadastro provisório de pessoas desaparecidas e um mapeamento dos casos em aberto.

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