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Ciência e Tecnologia

Como eclipse solar visto do Brasil ajudou a confirmar teoria de Einstein

Eclipse solar total acontece nesta segunda-feira


Imagem ilustrativa da imagem Como eclipse solar visto do Brasil ajudou a confirmar teoria de Einstein
Eclipse solar acontece nesta segunda-feira |  Foto: Canva

A Nasa deve aproveitar o eclipse solar total, na próxima segunda-feira (8), para conduzir estudos científicos que não seriam possíveis não fosse a Lua bloqueando a luz solar. Um dos experimentos mais importantes da história, realizado em Sobral, no Ceará, e na ilha do Príncipe, na África, também se deu graças a um fenômeno desse tipo.

O experimento, feito em 1919, possibilitou a confirmação de que a gravidade consegue curvar a trajetória da luz na medida que se previa na teoria da relatividade geral, de Albert Einstein.

Mas não só isso. O experimento —em parte em terras brasileiras— mostrou que o físico alemão estava certo em relação ao desvio da luz previsto.

"Os resultados das expedições a Sobral e a Príncipe podem deixar poucas dúvidas de que a deflexão da luz acontece nas redondezas do Sol e que é pela quantidade demandada pela teoria da relatividade generalizada de Einstein, atribuída ao campo gravitacional do Sol", disse a Royal Society, em Londres, em 6 de novembro de 1919, o time liderado por Arthur Eddington e Frank Dyson.

Se agora pode parecer algo que já caiu no conhecimento geral, na época se tinha como incerto o que seria encontrado no experimento e havia desconfiança entre físicos sobre as conclusões de Einstein.

O QUE O ECLIPSE TEM A VER COM EINSTEIN?

A questão começa com a descoberta de que a luz tem sempre a mesma velocidade no vácuo: 300 mil km/s. Segundo Einstein, a única explicação para isso é se a sua velocidade influenciar a forma como você percebe o mundo, encurtando o espaço e alongando o tempo com relação a observadores. Aí estava, em 1905, a teoria da relatividade especial.

Einstein, em seguida, percebeu que acelerar é o mesmo que estar sob influência de um campo gravitacional. Se variações de velocidade alteram a geometria do espaço-tempo, objetos que gerem gravidade também devem causar alterações.

Basicamente, as leis da geometria se curvam. No espaço plano, ângulos de um triângulo somam 180 graus, mas no espaço curvo podem somar mais ou menos, segundo que é a luz o que esquadrinha essa geometria. Quando a luz faz uma curva, na verdade está andando em linha reta, mas num espaço curvo.

Einstein percebeu isso e conseguiu descrever o raciocínio com o trabalho do matemático Georg Riemann.

O Sol, com sua enorme gravidade, portanto, seria um bom ponto para observar se a luz que passa rente a ele, derivada de estrelas distantes, sofre pequeno desvio, o que levaria a estrela a parecer fora de sua posição normal no céu.

O problema é o brilho do Sol, que impede ver o fundo de estrelas nos arredores —a não ser que algo estivesse na frente dele, ou seja, em um eclipse com a Lua cobrindo-o.

Segundo os cálculos de Einstein, a luz das estrelas de fundo nos arredores do disco solar seria defletida em 1,75 segundo de arco, algo equivalente a cerca de 0,00048 grau.

Só faltava um eclipse adequado para conseguir confirmar os cálculos. E ele veio em 1919 —com um segundo em 1922, que reforçou as conclusões.

Em 1925, na América do Sul, mais especificamente no Rio de Janeiro, Einstein afirmou: "O problema que minha mente formulou foi respondido pelo luminoso céu do Brasil".

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