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Cidades

Verão nem chegou e bairros já têm 178 mil casos de dengue

A circulação de novo sorotipo da doença está por trás da maior epidemia da doença em solo capixaba nos últimos anos


Imagem ilustrativa da imagem Verão nem chegou e bairros já têm 178 mil casos de dengue
Números de casos de dengue triplicou quando comparado ao mesmo período em 2022 |  Foto: © Divulgação/Canva

Uma onda de casos de dengue tomou conta do País nos últimos meses, de acordo com o Ministério da Saúde.

O verão nem chegou ainda, mas, no Espírito Santo (ES), os bairros já têm 178 mil registros em 2023. A circulação de um novo sorotipo da doença está por trás da maior epidemia de dengue em solo capixaba nos últimos anos.

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A avaliação é do subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso. O especialista aponta que, em relação ao mesmo período do ano passado, o ano de 2023 tem três vezes mais registros de casos de dengue. Foram confirmados 89 óbitos por causa da doença no ES apenas neste ano.

Imagem ilustrativa da imagem Verão nem chegou e bairros já têm 178 mil casos de dengue
|  Foto: Divulgação

“Temos, atualmente, dois sorotipos do vírus da dengue em circulação no Estado. No Brasil, já circula o sorotipo 3, o que torna a situação ainda mais complicada. Além disso, o verão é propício para a reprodução dos mosquitos. Estamos diante da maior epidemia de dengue do Estado nos últimos anos, com o triplo do número de casos de 2022”.

Outras emergências epidemiológicas, como a circulação do vírus da covid-19 e da gripe, podem afetar a adesão da população na campanha contra a dengue, aponta a infectologia Simone Tosi.

A médica avalia ainda que pode haver subnotificação de casos de dengue, principalmente em quadros leves.

“Quando temos outras situações de saúde que necessitam de maior atenção da sociedade, existe a possibilidade de perda do foco e, assim, a população pode não dar a atenção necessária. Precisamos estar atentos para manter as boas práticas de saúde e de combate ao vírus da dengue”.

Não é hora de subestimar a doença, alerta o motorista Guilherme Falcão, de 40 anos. Ele teve dengue há três semanas e chegou a ir ao hospital duas vezes devido aos sintomas da doença.

Imagem ilustrativa da imagem Verão nem chegou e bairros já têm 178 mil casos de dengue
Guilherme Falcão teve dengue há três semanas e sofreu com fortes dores de cabeça, nas costas e também febre alta |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

“Não foram sintomas muito leves. Tive dor de cabeça muito forte, dor nas costas e febre alta. Cheguei a ficar um dia inteiro de cama. A dengue está circulando e precisamos ter mais cuidados preventivos. É uma doença que derruba mesmo”.

Descoberta

De acordo com o Instituto Oswaldo Cruz, os ovos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, podem resistir a longos períodos de baixa umidade, como, por exemplo, até 450 dias em ambiente seco.

A resistência permite que os ovos sejam transportados a grandes distâncias e sobrevivam ao longo do ano até o verão.

Com o clima chuvoso e quente, ocorre a eclosão e formação das larvas e, depois, o mosquito.

Você sabia?

Teorias indicam que o mosquito Aedes aegypti tenha se disseminado da África para a América por embarcações que aportaram no Brasil para o tráfico de pessoas escravizadas. Há registro da ocorrência da doença em Curitiba, no Paraná, no fim do século 19, e em Niterói, no Rio de Janeiro, no início do século 20.


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Febre alta e dor no corpo são sintomas

Dengue

A dengue é uma doença febril que tem se mostrado de grande importância na saúde pública. O vírus da dengue é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui 4 sorotipos.

O período do ano com maior transmissão ocorre nos meses mais chuvosos, geralmente de novembro a maio. Todas as faixas etárias são suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves. Em alguns casos, a dengue pode levar à morte.

Prevenção

É importante evitar água parada porque os ovos do mosquito podem sobreviver por até um ano no ambiente. A utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado é recomendado.

Sintomas

Os principais sintomas são febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

Diagnóstico

O diagnóstico laboratorial pode ser feito pelos exames de pesquisa de vírus, de pesquisa de anticorpos IgM por testes sorológicos, de pesquisa de antígeno NS1 e de teste de neutralização por redução de placas. É possível, ainda, detectar pela contagem de plaquetas em exame sanguíneo.

Sinais de alarme

A fase crítica tem início com o declínio da febre (período de defervescência), entre o 3° e o 7° dia do início de sintomas. Os sinais de alarme ocorrem nessa fase.

Os sinais de alarme são dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural ou lipotímia, letargia ou irritabilidade e sangramento.

Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, oferecidos gratuitamente por meio do SUS.

Tratamento

Para casos clínicos de quadro leve, é indicado que a pessoa infectada cumpra repouso enquanto durar a febre, faça ingestão de líquidos e use paracetamol ou dipirona em casos de dor ou de febre. Caso os sintomas piorem, é necessário buscar o serviço de saúde. A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias.

Fonte: Ministério da Saúde e médicos.

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