Turismo em ferrovia que passa por 11 municípios do ES
Estrada de Ferro Leopoldina vai virar rota de passeios com museus, ciclovias, trilhas para caminhada e centros culturais
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O Estado vai ganhar um novo point turístico com vagões-bistrô, museus, centros culturais e casas de turismo, além de feiras de artesanato, ciclovia e trilha para caminhada.
As construções serão organizadas no entorno e nos trilhos da antiga e desativada Estrada de Ferro Leopoldina, que corta 11 cidades entre a Região Metropolitana e o Sul do Estado.
O secretário de Estado de Turismo, Philipe Lemos, esteve reunido ontem com representantes da administração das 11 cidades impactadas pelo projeto para dar início ao planejamento.
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Atualmente, as linhas férreas estão sob concessão da empresa VLI (Valor da Logística Integrada) mas, juntamente com o Estado, municípios solicitam a doação das áreas de domínio da ferrovia, alegando abandono, vandalismo e depredação.
De acordo com Lemos, a concessionária se mostrou favorável em antecipar o fim da concessão.
“Serão cerca de 250 km de trilhos. Esse trecho, hoje, segue sob a concessão da VLI, que já demonstrou interesse em antecipar a finalização da concessão. Assim que isso acontecer, a gente parte para uma outra etapa, que é o entendimento entre os prefeitos, governo do Estado e governo federal”.
A Ferrovia Leopoldina, também conhecida como Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), começou a ser construída no final do século XIX. Em 2017, aconteceu o registro do fim das operações e o abandono permanente da via. O cenário atual das linhas férreas é de deterioração, ruínas, abandono e ferrugem. Em alguns lugares, os trilhos foram, inclusive, roubados.
“Em um segundo momento, após o fim da concessão da VLI, vamos poder começar a concretizar tudo o que foi idealizado e planejar o que exatamente terá em casa cidade. Não vamos interligar os cerca de 250 km, por exemplo”, explicou.
O plano inicial é desenvolver, prioritariamente, os espaços ocupados pelos trilhos nas cidades e no entorno, num raio muito próximo aos municípios. “No futuro, temos a intenção de conseguir interligar todos os municípios e, aos poucos, ir fazendo isso acontecer”.
O secretário estipula prazos: “Quando tivermos a liberação dos trilhos pela VLI, vamos poder dar início às agendas de município a município, no segundo semestre de 2024, para debater o potencial turístico de cada cidade e estudarmos quais as possibilidade daquele município, para que em 2025 a gente apresente o projeto com mais corpo, para se tornar algo mais palpável”.
Saiba mais
Projeto conceitual de utilização do espaço da Ferrovia Leopoldina
O projeto propõe a reutilização da Ferrovia Leopoldina, atualmente desativada, que corta 11 municípios capixabas, ligando a Região Metropolitana ao Sul do Estado.
As cidades são Vila Velha, Cariacica, Viana, Domingos Martins, Marechal Floriano, Alfredo Chaves, Vargem Alta, Cachoeiro de Itapemirim, Atílio Vivácqua, Muqui e Mimoso do Sul. São 257 quilômetros de malha ferroviária em desuso.
A proposta é transformar trechos da ferrovia em atrativos turísticos, resgatando a história da ferrovia e proporcionando uma experiência única em meio à natureza.
Proposta de reutilização
Ciclovia ou Trilha: A infraestrutura linear das ferrovias desativadas pode ser ideal para possibilitar passeios ciclísticos ou trilhas para caminhada, oferecendo um espaço seguro e agradável para atividades ao ar livre.
Parques lineares: Possibilidade de implementação de parques lineares ao longo dos trilhos desativados, revitalizando os espaços e criando espaços de convívio da população.
Vagões-bistrô: Os vagões inativos têm a possibilidade de serem revitalizados e convertidos em estabelecimentos de gastronomia, dotados de infraestrutura para receber visitantes, promovendo assim a culinária local e a comercialização de produtos regionais.
Museus: Possibilidade de transformação dos vagões ou das estações em museus com o objetivo de abrigar exposições variadas e resgatar a história das cidades.
Casas do turismo: As estações desativadas podem dar lugar a centros culturais ou casas do turismo municipal, abrigando galerias de artesanato ao ar livre, instalações culturais ou espaços para apresentações artísticas, com potencial de revitalizar a área e atrair visitantes.
Mirantes: Possibilidade de criação de mirantes para contemplação da natureza, com espaços instagramáveis para atrair o turista.
Feiras: Parte da ferrovia desativada pode ser adaptada para sediar mercados e feiras temporárias, impulsionando atividades econômicas locais.
Origem
A Construção da ferrovia teve início em Minas Gerais, em 1856, e depois expandiu suas linhas para o Espírito Santo e para o Rio de Janeiro. Teve um importante papel no desenvolvimento da época.
Na Região Metropolitana, Vila Velha, Cariacica e Viana eram atendidas pela ferrovia, com transporte de cargas diversas – milho, fertilizantes, minério, café – tanto para levá-las até o Porto de Vitória e exportar quanto para abastecer o mercado local.
Em 1990 acontece a privatização das ferrovias estatais e a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) incorpora parte das linhas da Leopoldina. Posteriormente, a FCA é incorporada à VLI (Valor da Logística Integrada) que, após um período de utilização, não demonstra mais interesse.
Em 2017 acontece o registro de fim das operações e abandono permanente da via.
Opiniões
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