Tecnologia ajuda a evitar colisões entre navios e baleias no litoral capixaba
Parceria entre portos e instituições de proteção ao animal visa reduzir riscos de morte das baleias e danos aos navios
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A colisão de baleias com grandes navios é um problema ao redor do mundo, levando à morte desses animais. A fim de protegê-las em águas capixabas, medidas estão sendo tomadas em uma colaboração entre três órgãos, e a tecnologia se mostrou importante.
A Vports, autoridade portuária responsável por administrar os terminais de Vitória, Vila Velha e Barra do Riacho, firmou uma parceria com o Instituto Baleia Jubarte e a Great Whale Conservancy (GWC), para contribuir com recomendações a navios que chegam e vão embora da região, com foco na proteção das baleias.
As instituições especialistas disponibilizaram um mapa da ocorrência dos animais e, em conjunto com a Vports, prepararam um manual de orientações que vem sendo repassado para as embarcações que chegam ao porto.
“Utilizamos fotoidentificação, registro de localização por GPS e avaliação com inteligência artificial para saber se aquele indivíduo já foi avistado e em quais locais. Temos um banco de dados de mais de 8 mil indivíduos identificados”, comentou o coordenador operacional regional do Instituto Baleia Jubarte para o Estado, Paulo Rodrigues, sobre o mapa.
“Utilizando o mais avançado sistema de controle de tráfego das embarcações da VPorts e analisando nossos registros das ocorrência das baleias, definimos rotas prioritárias para os navios se aproximarem da nossa costa, indicamos a redução da velocidade e os horários mais propícios à navegação”, completou.
Segundo Artur Varella Gomes, supervisor de tráfego de embarcações da Vports, já existia uma cartilha que continha orientações padronizadas internacionalmente sobre o procedimento de navegação.
“Nós incorporamos as informações que vieram do Instituto Baleia Jubarte e GWC para torná-la mais completa”, disse
“O navio sendo alertado pela publicação da presença do animal, naturalmente vai se afastar dele e se aproximar do nosso porto com mais atenção”.
De acordo com Paulo Rodrigues, as baleias-jubarte nascem no Brasil, principalmente no Espírito Santo e na Bahia, na plataforma dos Abrolhos.
De junho a outubro estão no Estado tendo os filhotes e se acasalando. A partir de novembro, migram para as águas subantárticas para se alimentar. As baleias retornam todos os anos.
Fique por dentro
Atropelamento de baleias

Ao redor do mundo, milhares de baleias são feridas ou mortas a cada ano após serem atingidas por navios. No Espírito Santo, esse não é um problema frequente, mas medidas adotadas para prevenir as fatalidades se mostram importantes para garantir a preservação da vida marinha e evitar danos às embarcações.
Cuidados
O Instituto Baleia Jubarte (IBJ) e a instituição internacional Great Whale Conservancy (GWC) firmaram uma parceria que oferece à gestão dos portos do Brasil programas voluntários de redução dos riscos de colisão, baseados no conhecimento sobre as baleias e sua distribuição e nas operações navais e portuárias de cada região.
O primeiro porto a adotar voluntariamente as recomendações foi o Terminal Almirante Barroso, da Transpetro, em São Sebastião (SP), com pleno sucesso.
Em seguida, a Vports incorporou ao seu moderno sistema de gestão portuária o cuidado com as baleias, adotando as recomendações do Instituto Baleia Jubarte e da GWC.
Recomendações
Fazem parte de um manual de navegação e abrangem limites de velocidade do navio, definição de rotas prioritárias e ajustes nos horários de entrada e saída das embarcações.
Ocorrência
De acordo com o coordenador operacional regional do Instituto Baleia Jubarte para o Espírito Santo, Paulo Rodrigues, as baleias-jubarte nascem no Brasil, principalmente no Espírito Santo e Bahia, na plataforma dos Abrolhos.
De junho a outubro estão no Estado tendo os filhotes e se acasalando. A partir de novembro, migram para as águas subantárticas para se alimentar e retornam todos os anos.
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