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Cidades

“Sucesso de transplantes é cada vez maior”, afirma médico

Em uma corrida contra o tempo, pacientes que estão na fila de transplantes convivem com um misto de emoções


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Imagem ilustrativa da imagem “Sucesso de transplantes é cada vez maior”, afirma médico
Eduardo Antunes em cirurgia: sobrevida de paciente é de 95% em um ano. |  Foto: © Divulgação

Em uma corrida contra o tempo, pacientes que estão na fila de transplantes convivem com um misto de emoções, como a esperança de conseguir a doação, receio do procedimento e de  rejeição do órgão pelo organismo.

Mas médicos ouvidos pela reportagem afirmam que “o sucesso dos transplantes é cada vez maior”.   

O médico Eduardo Antunes da Fonseca, coordenador médico da equipe de transplante de fígado do Hospital Sírio-Libanês, que participou da cirurgia de Hellena Pereira de Souza, também declara que as taxas de sucesso dos procedimentos são cada vez maiores. 

“Nossa equipe trabalha há 30 anos com isso, com resultados cada vez  melhores. Hoje, a taxa de sobrevida de um paciente em um ano é de cerca de 95%”.  

Coordenador do Programa de Transplantes do Hospital Meridional, o cirurgião do aparelho digestivo Gustavo Peixoto enfatiza  que a  taxa de sobrevida do paciente aumentou consideravelmente nos últimos anos. 

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“Quando eu era residente, há 20 anos, a taxa de sobrevida era de 30%. Hoje é de 80% a 90%. A cada ano, vemos melhores recursos disponíveis para usar nos pacientes e maior o índice de sucesso. Evidentemente, o monitoramento é por toda a vida, mas o período mais crítico é o primeiro ano”.

Membro da equipe de transplante de fígado do Hospital Meridional, o cirurgião do aparelho digestivo Isaac Walker de Abreu cita que o   transplante de fígado é um tratamento bem estabelecido,  e que tem aumentado a sobrevida dos pacientes com o advento dos imunossupressores mais modernos e equipes mais experientes na realização destes procedimentos.

Ele aproveita para mandar uma mensagem. “Um doador pode ajudar vários pacientes que estão na fila aguardando pelo transplante. Por isso é tão importante a doação de órgãos”.

O coordenador dos transplantes de coração do Hospital Meridional, em Cariacica, o cirurgião cardiovascular, que atua também em Vitória, Melchior Luiz Lima,  lembra   que a equipe realizou   o primeiro transplante de coração no Espírito Santo   em 2003. “Totalizamos 86 transplantes até agora”.

Cirurgia há 18 anos

Dia 12 de janeiro de 2005. Sem dúvida, essa data simboliza a segunda comemoração de aniversário do agente administrativo Rubens de Paula Gavi, 72 anos. 

Em estado grave, ele, que estava em uma fila de mais de mil pessoas em São Paulo, não teve dúvida e aceitou receber o primeiro fígado transplantado no Estado. 

O resultado foi um sucesso, como ele mesmo descreve, juntamente com o  coordenador do Programa de Transplantes Hospital Meridional, Gustavo Peixoto, onde ele passou pelo procedimento.

Mais de 1.800 na fila de espera

À espera de uma nova chance  de viver, estão 1.872 pacientes no Estado. A maioria, 1.061, aguarda por um transplante de rim; 793 por córnea; 16 de fígado e dois de coração.     

Chamando a atenção para a importância de salvar vidas, a coordenadora da Central  Estadual de Transplante do Espírito Santo, Maria dos Santos Machado, disse   que a fila é eclética. “Há pessoas de todas as idades, classes sociais, raça, cor e religião”.

Ela comentou sobre uma realidade que preocupa:  a negativa familiar para doação de órgãos. Em   2022, 58% e, em 2021, 50% das famílias capixabas disseram não para a doação.

Sobre o tempo de espera, ela ressalta  que o  rim é o que lidera: há casos de até oito anos. No caso da córnea, são cerca de dois anos.  Já para transplantes de coração e fígado, a fila é menor, pois, diante da gravidade, muitos pacientes morrem à espera de um órgão.


SAIBA MAIS


Doação só com autorização da família

1. Como posso ser doador?

No Brasil, o transplante só acontece com a autorização de um familiar do doador. Por isso, é fundamental falar com a família sobre o desejo da doação. O procedimento só acontece após autorização por escrito de familiar.

2. Que tipos de doador existem?

Doador vivo: qualquer pessoa saudável pode doar um dos rins, parte do fígado, medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes de até 4º grau e cônjuges podem ser doadores; não-parentes, somente com autorização judicial. 

Doador com morte encefálica: são pacientes em UTI com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou derrame cerebral. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico.

3. Como funciona o processo?

O paciente que necessita do transplante, chamado de receptor, é analisado pela equipe de transplante que realiza a avaliação clínica e exames para inserção do receptor no cadastro técnico único. 

São avaliadas: tipagem sanguínea, medidas antropométricas, histocompatibilidade (transplante renal), tempo de inscrição na fila e gravidade. Esses dados são colocados no sistema informatizado que será responsável por cruzar todos os dados do doador com o receptor.

Quando aparece um doador, ele é submetido a exames e os resultados processados ficam à disposição do sistema de classificação de receptores em lista.

O programa faz o cruzamento entre os dados de doador e receptor. Diante da lista dos receptores compatíveis, as equipes de transplantes são comunicadas pela Central, e cada órgão é disponibilizado para o primeiro paciente que sai na lista.

Os exames de compatibilidade são feitos  pelo laboratório de histocompatibilidade, e o resultado dos receptores compatíveis  são comunicados à equipe médica, que entra em contato com os receptores. São realizadas para cada oferta 10 exames de histocompatibilidade que determinará os pacientes que poderão receber o órgão. 

O médico do receptor  recebe a oferta e avalia as condições de saúde do receptor, que, estando em boas condições, irá imediatamente para o hospital transplantador aguardar a chegada do órgão. A  oferta segue rigorosamente a posição em que o receptor se encontra naquela doação. 

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

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