Sócios da Baker viram réus em processo
A Justiça de Minas Gerais afirmou ter recebido a denúncia contra sócios e funcionários da cervejaria Backer, acusados de adulteração das cervejas que mataram 10 pessoas e deixaram “16 vítimas lesionadas de forma gravíssima”, segundo relatou o Ministério Publico de Minas Gerais.
No total, são 11 réus, sendo três sócios-proprietários da empresa e sete funcionários pelo suposto envolvimento na adulteração de bebidas alcoólicas. Uma outra pessoa foi denunciada por falso testemunho. De acordo com o UOL, o juiz da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Haroldo André Toscano de Oliveira, recebeu a denúncia no dia 8 de outubro.
Ainda segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), os sócios foram denunciados pela prática dos crimes de envolvimento na adulteração de bebidas alcoólicas, perigo comum e crimes tipificados no Código de Defesa do Consumidor.
Os sete engenheiros/técnicos encarregados da fabricação de cerveja e chope foram denunciados pelos crimes de lesão corporal grave e gravíssima, homicídio culposo, além dos crimes imputados aos sócios.
O juiz também recebeu denúncia contra uma pessoa que, em fase policial, prestou informações falsas. “Ficou apurado o falso testemunho, sendo descoberto que as alegações naquela fase foram motivadas por desacordo trabalhista com seu empregador, a Imperquímica, empresa que fornecia insumos para a Backer, entre eles a substância monoetilenoglicol”.
Ao receber a denúncia, o magistrado Oliveira suspendeu a decisão que decretou o sigilo do processo. A próxima etapa é receber a defesa dos acusados por escrito, após a respectiva citação dos denunciados, segundo o TJMG.
O caso da cervejaria Backer ganhou repercussão nacional no início deste ano, após consumidores da cerveja terem sido hospitalizados. Porém, o inquérito da Polícia Civil investigou possível intoxicação pela Backer desde dezembro de 2018.
A reportagem do UOL entrou em contato com a cervejaria Backer, mas até o fechamento desta edição não recebeu resposta.
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