Capixaba grávida morre nos EUA e família pede ajuda: 'tentando lidar com a dor'
Amigos de Janaina fazem uma mobilização para arrecadar o valor de R$ 20 mil para custear o translado dos corpos dela e do bebê
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Natural de Guarapari, a professora Janaina Poton Loureiro, de 45 anos, morreu em Orlando, na Flórida, Estados Unidos, após sofrer um mal súbito na última segunda-feira (23). Ela estava grávida de sete meses, e o bebê, um menino, também faleceu.
Diante da tragédia, familiares e amigos iniciaram uma mobilização para arrecadar R$ 20 mil com o objetivo de custear o translado dos corpos para o Espírito Santo. A campanha foi organizada por Monique Jeveaux, amiga de Janaina que também vive nos EUA.
“Já conseguimos arrecadar R$ 10 mil para o transporte da Jana e do bebê Milton. As doações adicionais serão destinadas à família no Brasil, para ajudar com os custos locais após a chegada dos corpos”, informou Monique. O link para contribuir é o www.gofundme.com/f/translado-da-jana-e-do-bebe-para-o-brasil.
Segundo um primo da professora, que preferiu não se identificar, a família está profundamente abalada. “Estamos tentando lidar com a dor e, ao mesmo tempo, correr contra o tempo para conseguir trazer a Janaina e o bebê de volta. É tudo muito difícil”, afirmou.
Janaina era formada em Educação Física e lecionou em escolas públicas de Anchieta e Alfredo Chaves, deixando uma trajetória marcada pelo carinho dos alunos e respeito dos colegas.
Colega de trabalho da Escola Estadual Camila Motta, em Alfredo Chaves, a professora Silvia Costa lamentou a perda. “Janaina era daquelas pessoas que chegavam e iluminavam o ambiente. Sempre alegre, atenciosa com os alunos, generosa com os colegas. Vai fazer muita falta. Estamos todos em choque”.
Na Escola Municipal Ana Araújo, também em Alfredo Chaves, a tristeza é compartilhada por todos. “A educação perdeu uma profissional dedicada e nós, uma amiga insubstituível”, disse a professora Marta Bianchi.
A comoção também alcançou ex-alunos. Andressa Andrade, que foi aluna da professora na EMEIEF Profª Zuleika Flores da Purificação, em Jabaquara, interior de Anchieta, recorda com gratidão os tempos de escola.
“Ela foi uma das professoras mais importantes da minha vida. Tinha um olhar humano, nos incentivava a acreditar em nós mesmos e sempre nos tratava com respeito e carinho. A notícia me pegou de surpresa”.
Procurada, a família informou que os corpos ainda não chegaram ao Brasil e não há previsão para o sepultamento.
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