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Cidades

Público foge do excesso, dizem especialistas

Quando se trata de procedimentos estéticos, a população tem corrido de muitas mudanças


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Imagem ilustrativa da imagem Público foge do excesso, dizem especialistas
Ariosto santos: “Os homens, mais do que nunca, querem fazer a cirurgia, mas sem parecer que operaram. |  Foto: Arquivo/AT

Em vez de transformações radicais, os homens, segundo especialistas, buscam por sutileza: retoques discretos, técnicas que preservam os traços e melhorias que reforçam a autoestima sem exageros.

O cirurgião Ariosto Santos analisa que, nos últimos anos, houve exageros, com excesso de preenchimentos, deformando a face. Mas, tanto homens quanto as mulheres estão buscando pela naturalidade.

“Os homens, mais do que nunca, querem fazer a cirurgia, mas sem parecer que operaram. Tudo com naturalidade, fugindo dos excessos. As mulheres estão caminhando para isso”.

Segundo a dermatologista Oliete Guerra, o público masculino não gosta de chamar a atenção.

“O homem fica com receio de ser mal-interpretado, por isso busca por algo mais discreto. Na nossa área há mais procura pela toxina botulínica (botox) e pelos lasers, além deles procurarem mais por tratamentos para a queda de cabelo”.

O público masculino ainda está, de acordo com Oliete, aprendendo a usar filtro solar e cremes no rosto. “Ainda temos de ensiná-los muito, porque o que uma mulher gasta em dois meses, eles gastam em uma semana. Mas eles têm criado esse hábito de cuidado”.

Ente as rugas que mais incomodam esse público, está a que se forma entre o nariz e a boca. “Esse preenchedor os homens procuram muito”.

Entretanto, eles não gostam de preencher o lábio, de acordo com a dermatologista Karina Mazzini. “Os homens têm medo de não ficar natural. Eles não gostam muito de fazer a boca. Eles querem parecer mais jovens, porém, não querem parecer diferentes”.

A dermatologista analisa que tem percebido que o preconceito quanto a esse público se cuidar reduziu bastante nos últimos anos.

Na avaliação do cirurgião plástico Filipe Canal, não há mais o estigma de que o homem não pode fazer cirurgia plástica.

“A sociedade está menos preconceituosa. É lógico que ainda existe preconceito, mas bem menos que antigamente. O homem que falava que fazia cirurgia plástica era rotulado, e isso já não existe mais. Hoje as pessoas até divulgam, e essa liberdade favoreceu bastante ao homem”.

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