Popularização de drogas sintéticas preocupa especialistas
"Elas saíram dos nichos da alta sociedade, das festas, para serem apreendidas já em boca de fumo", diz psiquiatra José Luís Leal de Oliveira
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A popularização de drogas sintéticas têm acendido um alerta e já preocupa especialistas.
O psiquiatra José Luis Leal de Oliveira explicou que as drogas sintéticas não são novas, existindo desde a década de 70, com o ecstasy. “O que nos chama atenção hoje é a explosão das drogas sintéticas nas ruas. Elas saíram dos nichos da alta sociedade, das festas, para serem apreendidas já em boca de fumo”.
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O médico citou a apreensão, já realizada no Estado, de drogas como K9 com fentanil.
“Já vemos no Brasil efeitos de canabinoides sintéticos, que a gente só via em laboratório. Hoje, estão nas ruas. Essa capilaridade e acessibilidade das drogas sintéticas é uma realidade. Em São Paulo, já tem sido visto um aumento da demanda de emergências médicas”.
Durante uma das mesas do evento, que abordou vícios, José Luís falou sobre alcoolismo. Entre os desafios, segundo ele, é lidar com o aumento do consumo de álcool.
“O cigarro e o álcool continuam sendo as substâncias mais relacionadas à dependência no mundo. O problema é que temos um cenário ainda pior. O consumo aumentou 60% no primeiro ano da pandemia. Também tivemos aumento 25,5% nos óbitos relacionados ao uso do álcool”.
A JORNADA
XVII Jornada ABP Sudeste de Psiquiatria e XIV Jornada de Psiquiatria da APES
Vai até hoje, no Hotel Golden Tulip, em Vitória.
O evento, que reúne médicos de todo Brasil, tem como temática “Velocidade, exposição e subjetividade: o impacto da tecnologia na saúde mental”.
Podem participar da jornada médicos, estudantes de Medicina e outros profissionais da área da saúde.
Temas dos encontros
Sábado (17)
Transtorno do espectro autista.
Comportamento suicida - Fatores de risco e prevenção.
Psicofarmacoterapia e neuroestimulação.
Psiquiatria e cultura.
Adoecimento mental no trabalho.
canabinoides e psiquiatria.
Políticas públicas em saúde mental.
Envelhecimento, cuidados paliativos e psicogeriatria.
Fonte: Associação Psiquiátrica do Estado (Apes).
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