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Cidades

“Perdi R$ 24 mil em um golpe do falso leilão”, diz servidor público

Vítima contou ao Jornal A Tribuna como tudo aconteceu com o objetivo de alertar as pessoas


Imagem ilustrativa da imagem “Perdi R$ 24 mil em um golpe do falso leilão”, diz servidor público
Veículo Gol arrematado por servidor público, por R$ 24.245, durante golpe. Vítima registrou boletim de ocorrência (destaque) |  Foto: Divulgação

Um servidor público, de 32 anos, entrou para as estatísticas de capixabas que acumulam prejuízo com falsos leilões online. Ele negociou um  Gol ano 2015/2016, que foi arrematado por R$ 24.245. O pagamento foi feito por Pix, em janeiro deste ano. Logo depois, veio a descoberta que tirou a sua paz: era um golpe. Ele registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Online.  

Leia mais: Golpe do falso leilão provoca prejuízo que ultrapassa 1 milhão no ES

Pedindo para o seu nome ser preservado, contou como tudo aconteceu com o objetivo de alertar as pessoas. 

- A Tribuna –  Como foi vítima de golpistas? 

Servidor público – Bom, sofri um golpe em um leilão on-line e não foi por falta de cuidados, pois me certifiquei de tudo antes de arrematar o bem, pois sempre fui muito cauteloso com negócios.

Queria comprar um carro em leilão. Primeiro, fiz diversas  pesquisas para saber quais leilões eram confiáveis e cheguei em um de  Belo Horizonte (MG).     

Sentindo-me seguro,  no início de dezembro de 2022, entrei no site da empresa. Me pediram para fazer um cadastro. Solicitaram fotos de documentos e disseram que iriam analisar em 24 horas. 

Depois de dois, três dias, aprovaram o meu cadastro. Até, então, tudo parecia perfeito. 

No dia 12 de janeiro tentei comprar um Pálio. Dei um lance de R$ 26 mil, mas ele foi arrematado por outra pessoa por R$ 27 mil. 

No mesmo dia,  apareceu um Gol  ano 2015/2016 e pensei: 'opa, é o carro  popular que eu preciso'. Arrematei por  R$ 24.245. No mercado ele era avaliado em R$  42 mil aproximadamente, mas  tinha alguns detalhes para eu ajustar.

- E aí,  quais foram os próximos passos? 

Mandei uma mensagem pelo site e após 40 minutos recebi uma ligação de uma atendente  de telemarketing. Ela falava de forma muito coerente,  sem erro de português e dizia quais documentos eu precisava enviar, além de ter de assinar um termo de arremate para buscar o veículo.

Detalhe: fiz uma consulta com todas as informações desse termo e conferi na Junta Comercial de Minas Gerais e tudo batia, o CNPJ, nome da empresa, o leiloeiro estava em situação regular. Fiz um Pix com segurança. Só que todos os dados da empresa de leilão idônea foram clonados. 

- Como descobriu?

 A atendente disse que eu teria que esperar dois  dias para pegar o carro, mas um amigo conhecia um cegonheiro que estava em BH  e perguntou se ele poderia tentar pegar o carro antes do prazo. 

Coincidente ele estava dentro da empresa que eu achava que estava negociando e sondou essa possibilidade. Foi quando ouvi o que não estava preparado. Ele disse: 'você está sendo vítima de um golpe”.

- O que sentiu? 

Eu não queria acreditar.  Não consegui dormir naquela noite. Eu sou assalariado. A pessoa da empresa perguntou onde eu tinha comprado e dei o endereço do site.   Só que o site foi duplicado na internet e no lugar de colocar .com, os golpistas colocaram .org. Foi onde caí e sei que não vou recuperar o dinheiro. Leilão on-line nunca mais, pois perdi  R$ 24 mil no início do ano.

Site mostra  leiloeiros regulares

Pensou em participar de um leilão? A Junta Comercial orienta que o primeiro passo é fazer uma rápida consulta no endereço  https://jucees.es.gov.br/leiloeiros

 No endereço virtual, há listagens de leiloeiros em situação regular e irregular, segundo informou o presidente da Junta Comercial, Paulo Menegueli.  

São muitos fatores que fazem com que o leiloeiro esteja em situação regular, entre as quais  apresentar, anualmente, cópia do extrato da conta de poupança relativa à caução, ou dos contratos de carta fiança devidamente autenticados.

Além disso, anualmente as juntas comerciais verificam se os leiloeiros ativos preenchem os requisitos necessários para o desempenho da função.

 Na hora de negociar, o  órgão diz que é fundamental que  o  cidadão exija  do leiloeiro oficial a comprovação de matrícula na Junta Comercial (carteira de exercício profissional). Mas se depois de todos os cuidados, o cidadão acabou caindo em um golpe, a Junta Comercial pede denúncia. 

“Se o cidadão for vítima de um leiloeiro matriculado na Junta Comercial, a denúncia deve ser realizada na própria Junta, caso contrário, a denúncia deve ser encaminhada à polícia.

Destacando que no caso da “compra” de imóveis em falsos leilões ocorre em menor escala, o  advogado do Direito Imobiliário, Diovano Rosetti, reforça a importância de consultar a lista dos leiloeiros em situação regular para evitar dor de cabeça futura.

Febraban investe em segurança

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e seus bancos garantem que   investem constantemente e de maneira massiva em campanhas e ações de conscientização em seus canais de comunicação com os clientes para orientar a população a se prevenir de fraudes. 

“Nas redes da Federação, a comunicação antifraudes e golpes prossegue de forma ininterrupta por meio do site https://antifraudes.febraban.org.br/”, disse, por nota.

 Ainda segundo a Febraban, além da realização de campanhas educativas, os bancos investem cerca de R$ 3 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança.

Adicionalmente, os bancos disseram que também atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos virtuais. 

 Além disso, a Febraban passou dicas de como evitar o golpe do falso leilão. 

“Sempre pesquise sobre a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. Nunca faça transações financeiras em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador e certificados digitais para transações, nem faça transferências para contas de pessoas físicas”.

Questionada sobre ressarcimento, a Febraban disse que cada caso é avaliado individualmente, de acordo com as diretrizes de cada instituição financeira.

Leia mais: 

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