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Cidades

Para "fugir das telas", pais e filhos resgatam as brincadeiras dos anos 80

Atividades como pula corda e amarelinha estimulam o equilíbrio e a coordenação motora. Há jogos que ajudam na comunicação


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A infância passou por transformações ao longo das últimas décadas, especialmente no que diz respeito às brincadeiras. Enquanto as gerações passadas se divertiam ao ar livre com atividades simples e criativas, as crianças de hoje vivem em um universo dominado pelas telas.

Especialistas apontam que “reviver” a infância dos anos 80 é benéfico para a saúde das crianças, além de muito divertido.

A psicóloga Carlane Ribeiro dos Santos aponta que brincar é uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento infantojuvenil. “Resgatar brincadeiras tradicionais em família pode ser uma forma de equilibrar o excesso de tecnologia e fortalecer os laços afetivos”.

Deixar os eletrônicos e as telas de lado e “simular” a infância dos anos 1980 auxilia no desenvolvimento cognitivo, senso de espaço, controle emocional e capacidade de concentração e foco.

“Além disso, brincadeiras como pula corda e amarelinha estimulam o equilíbrio e a coordenação motora, enquanto jogos como telefone sem fio desenvolvem comunicação, imaginação, autocontrole, escuta e atenção”, disse a psicóloga Carlane Ribeiro.

Diferentemente das experiências oferecidas por jogos digitais, que muitas vezes têm o enredo pré-definido, as propostas de atividades físicas permitem que as crianças inventem suas próprias histórias e cenários.

“Essa liberdade de expressão é vital para o fortalecimento do pensamento crítico, da flexibilidade cognitiva e da capacidade de adaptação a novas situações”, aponta Maria Aparecida Epichin, orientadora educacional da Escola Americana de Vitória.

Marília Zanette, psicóloga da Bluzz Saúde, ressalta que, hoje em dia, as crianças passam cada vez mais tempo em frente às telas, o que pode impactar o desenvolvimento motor, social e cognitivo.

Habilidades

O psiquiatra João Paulo Cirqueira ressalta que, com o aumento do tempo de tela, observa-se um impacto no desenvolvimento de habilidades sociais e motoras das crianças, além de aumento na ansiedade e dificuldade de concentração.

“O contato excessivo com estímulos digitais, muitas vezes sem interação presencial com outras crianças, pode comprometer a capacidade de resolver conflitos, lidar com frustrações e desenvolver empatia”, aponta o psiquiatra.

Longe das telas

Imagem ilustrativa da imagem Para "fugir das telas", pais e filhos resgatam as brincadeiras dos anos 80
Jessika Luz e a filha Agatha Lima da Luz Pedroto, de 7 anos |  Foto: Fábio Nunes/AT

A pequena Agatha Lima da Luz Pedroto, de 7 anos, filha da promotora de Justiça Jessika Luz, adora brincar ao ar livre.

Ela e a mãe passam horas em atividades assim, longe das telas.

“A infância é uma fase curta e essencial para o desenvolvimento das crianças, que ainda veem os pais como suas melhores companhias. Resgatar brincadeiras tradicionais, ao ar livre e sem tecnologia, como pular corda e patinar, fortalece os laços familiares e contribui para uma infância mais saudável”, diz a promotora.

Ela conta que, como promotora de Justiça da Infância e Juventude, observa o impacto negativo da era digital no desenvolvimento das crianças. “Privadas do direito de brincar, elas crescem com dificuldades cognitivas e uma relação precoce com o consumo”.

BRINCADEIRAS DO PASSADO

Anos 1980

> As brincadeiras infantis dos anos 1980 proporcionavam inúmeros benefícios para o desenvolvimento das crianças, pois envolviam movimento, criatividade, socialização e resolução de problemas em grupo.

Recriar

> Atividades como esconde-esconde, bolinha de gude e queimada ajudam no desenvolvimento da coordenação motora, flexibilidade cognitiva, senso de espaço, controle emocional diante de frustrações e capacidade de concentração e foco.

> Além disso, brincadeiras como pula corda e amarelinha estimulam o equilíbrio, a coordenação motora grossa (habilidades menos delicadas, como pular, subir e descer escadas), o ritmo e a sequência, enquanto jogos como telefone sem fio desenvolvem a comunicação, imaginação, autocontrole e atenção.

> Pega-pega e passa anel promovem a socialização e o trabalho em equipe, fortalecendo habilidades importantes de resolução de conflitos.

Dança das cadeiras

> A emoção de esperar até a música parar para conseguir se sentar na cadeira, aliada à habilidade de atenção e rapidez para vencer o jogo, junto com a lembrança da frustração e dos risos em família, fazem da dança das cadeiras uma brincadeira que cria memórias afetivas .

> Essa experiência pode ser compartilhada com os filhos, fortalecendo laços e resgatando momentos especiais da infância.

Adedonha

> Também conhecido com “Stop”, a brincadeira estimula o raciocínio rápido, amplia o vocabulário e fortalece a interação social. Do ponto de vista psiquiátrico, é essencial para o desenvolvimento de funções executivas, como atenção sustentada, flexibilidade cognitiva e velocidade de processamento.

Brincar

> A brincadeira tem papel essencial no desenvolvimento cognitivo, pois possibilita que a criança aprenda a lidar com regras, ter consciência do próprio corpo, explore papéis sociais e a imaginação.

> É uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento infantojuvenil e para a conexão entre pais e filhos.

Outras brincadeiras

> Pique-esconde: clássico que desenvolve a atenção e a agilidade.

> Queimada: ótima para socialização e trabalho em equipe.

> Pular corda: melhora condicionamento físico e coordenação motora.

> Amarelinha: ajuda no equilíbrio e na concentração.

> Telefone sem fio: diverte e estimula a comunicação.

> Cabo de guerra: trabalha a força e o espírito de equipe.

> Brincadeiras com elástico (jogo da cama de gato): exercita a destreza e a criatividade.

> Bola de gude: desenvolve estratégias e precisão.

Fonte: Especialistas citados na reportagem.

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