Motoboy tem pescoço cortado por linha de cerol e está internado na UTI
O entregador teve o pescoço cortado enquanto passava de moto por uma avenida de Vila Velha
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O motoboy José Cordeiro de Lima Neto, de 47 anos, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, depois de ter o pescoço cortado por uma linha de cerol enquanto realizava uma entrega. A vítima sofreu a lesão na tarde de domingo (04), na avenida Gonçalves Ledo, no bairro Ilha dos Ayres, no mesmo município.
O entregador passou pelo local de moto quando foi atingido por uma linha com o material cortante. Inicialmente, ele não havia se dado conta da lesão, porém um motorista que seguia logo atrás dele percebeu o sangramento e avisou José. Assim que parou a moto, o motoboy se assustou com o corte profundo no pescoço.
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O motorista colocou o entregador dentro do carro e o levou até o hospital, onde foi levado direto para UTI. José passou por cirurgia, fez uma traqueostomia e respira com a ajuda de aparelhos. O estado de saúde dele é delicado.
A mulher do motoboy, Rita de Cássia Altafim, disse que, apesar da gravidade, a equipe médica deu muita esperança para a família. No entanto, como a linha cortou a traqueia de José há chance dele ter sequelas.
"Sequela de não tirar mais a traqueostomia, de não voltar mais a falar. Ele vai ter um caminho muito longo pela frente de tratamento, de fisioterapia, de fonoaudiologia. Aí eu pergunto: quem vai me ajudar a pagar esse tratamento, se ele é o provedor da minha casa? As autoridades vão vim estender as mãos para mim ou vou ter que ir para o postinho esperar um ano na fila de espera por uma especialidade como é a realidade de um brasileiro?", questiona ela.
Rita de Cássia afirma que o marido é uma pessoa muito alegre e relembra que saiu bem de casa para trabalhar, no domingo. "Ele não voltou mais para casa. Ver ele hoje respirando com a ajuda de aparelhos é revoltante essa situação", afirma ela.
A mulher do entregador cobra fiscalização nas ruas com quem solta pipa. "Os verdadeiros assassinos são aqueles que fazem o cerol dentro de casa e depois vão para a rua", afirmou.
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