Moradora reclama de retirada de plantas na restinga de Iriri; Prefeitura responde
A região é uma das áreas de abrangência do Projeto Guardiões da Restinga
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Em um vídeo divulgado nas redes sociais, uma moradora da região de Anchieta se queixou da retirada de plantas que a Prefeitura tem realizado na Praia da Area Preta, em Iriri, na região Sul do Estado. O local é uma das áreas de abrangência do Projeto da Secretaria do Municipal do Meio Ambiente (SEMAM) Guardiões da Restinga, que teve início em março de 2025.
Segundo Maria Luiza Lopes, que mora na região há 25 anos, a Secretaria iniciou os trabalhos, retirando plantas e cerrando árvores da zona de restinga, sem comunicar, previamente, os moradores do local.
A moradora, que semeia e cuida da restinga desde que se mudou para o bairro, acredita que a ação, do modo que está sendo realizada, não seja bom para a orla, tampouco para moradores e espécies presentes na praia.
"Eu me senti muito mal, porque como fui eu que plantei isso tudo, eu me sinto mãe dessas plantas todas. Porque tem 25 anos que eu cuido, eu podo, eu tenho jardineiro, ele sempre vem aqui e eu estou sempre podando, eu nunca fiz isso que eles vieram fazer, até com motosserra", disse Maria Luiza.
Por outro lado, a Prefeitura de Anchieta, por meio da SEMAM, informou em nota que comunicou moradores e lideranças comunitárias da região e que o Projeto tem como objetivo recuperar áreas degradadas de restinga ao longo da faixa costeira do município.
Ainda em nota a Prefeitura explicou: "As atividades desenvolvidas priorizam o manejo e remoção de espécies exóticas invasoras, que comprometem o equilíbrio ecológico local, e a realização do plantio de espécies nativas, essenciais para o controle da erosão, a restauração da vegetação nativa e a conservação da biodiversidade."
De acordo com a moradora, em conversa com representantes da Secretaria, ela chegou em um consenso com a Prefeitura, onde foi acordado o replantio das plantas que foram retiradas e consentida a contribuição de Maria Luiza nos serviços realizados.
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo, por meio da Promotoria de Justiça de Anchieta, informou que até o momento não recebeu representação ou informação oficial referente ao caso em questão. Além disso, que vai solicitar informações da situação no local ao município de Anchieta e, caso constatadas irregularidades, serão adotadas as providências necessárias.
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