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Cidades

Moradora do Estado quer o título de mais velha do mundo

Isnar Alves de Almeida, que irá completar 118 anos em agosto, vai reivindicar o reconhecimento no Livro de Recordes


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Imagem ilustrativa da imagem Moradora do Estado quer o título de mais velha do mundo
Dona Isnar Alves de Almeida, busca garantir seu lugar no Guinness World Records como a pessoa mais velha do mundo. |  Foto: Acervo de Família

Uma moradora do Estado que irá completar 118 anos em agosto deste ano vai reivindicar no Guinness Word Records, o livro de recordes mundiais, o reconhecimento como a pessoa mais velha do mundo.

A ideia partiu de Fernando Camilettie e João Paulo da Silva, prefeito e vice-prefeito do município de Sooretama, onde ela mora.

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Dona Isnar, 118 anos. |  Foto: Acervo de Família

Baiana, Isnar Alves de Almeida, conhecida como Dona Neném, nasceu no dia 24 de agosto de 1907 na cidade de Belmonte, no extremo sul da Bahia.

A mãe morreu durante seu parto e ela não chegou a conhecer o pai. Aos 23 anos, mudou-se para uma fazenda no interior de Linhares, no Norte do Estado.

Durante todos esses anos, viveu e viu muita coisa de perto: Primeira Guerra Mundial, construção por ex-escravos de igrejas de pedra em São Mateus, quase morreu afogada em uma enchente, enterrou três maridos e enfrentou um câncer no cérebro.

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Carlos de Souza, que hoje tem 50 anos, é filho adotivo de dona Isnar, que esbanja simpatia, saúde, sabedoria e lucidez. |  Foto: Acervo de Família

Dona Neném adotou uma criança que na época tinha oito meses: Carlos de Souza, que hoje tem 50 anos. Ele conta que na enchente de 1979, uma das piores em Linhares, Isnar perdeu todos os documentos originais.

No ano seguinte, a aposentada fez um novo documento em um cartório da cidade. Por isso, sua certidão de nascimento foi emitida em 15 de julho de 1980, pelo Cartório de Registro Civil de Linhares.

Tarefas

Carlos conta que a mãe, que trabalhou na agricultura e como cozinheira e parteira ao longo da vida, foi uma ótima mãe, mas reclama que ela insiste em fazer as coisas sozinha, como cozinhar, lavar pratos e estender suas próprias roupas.

“Nós ficamos preocupados, mas ela gosta de fazer as coisinhas dela. Não curte nossa interferência. Tem dificuldade para andar, suas pernas já são fracas, mas a mente é melhor que a minha”, brinca Carlos.

Hoje, Dona Neném mora com um neto no centro de Sooretama e vive rodeada de familiares e amigos esbanjando simpatia, saúde, sabedoria e lucidez.

Atualmente, quem detém o título de mulher e pessoa mais velha do mundo é uma brasileira. Ela se chama Inah Canabarro Lucas, é uma freira e nasceu em 1908, no Rio Grande do Sul.

Inah , segundo o Guinness, assumiu o título em janeiro, após a morte da japonesa Tomiko Itooka, aos 116 anos.

Carlos de Souza filho de Isnar

“Já atravessamos muitas lutas”

A Tribuna - De quem foi a ideia de buscar o título de pessoa mais velha?

Carlos de Souza: foi do vice-prefeito João Paulo. Conhecemos ele desde quando a gente era criança. Ele sempre teve um grande carinho por nós, nos apoiou, assim como nós o apoiamos.

Ele conversou com o prefeito e o município apoiou a ideia. Minha mãe, inclusive, já tinha ganho o Título Honorífico de Cidadã Sooretamense.

Como sua mãe é?

Ela é muito querida aqui em Sooretama. É um amor de pessoa, e não se estressa com nada, é legal com todo mundo. Mãe me disse um dia: 'acho que a morte tomou um ódio de mim, todo mundo que conheço já se foi'. Eu disse a ela que tudo tem seu tempo.

Quando você se tornou filho da dona Isnar?

Ela me pegou para criar aos 8 meses de idade, já tinha 67 anos. Foi uma ótima mãe. Sempre me protegia e poupava muito. Meu pai de criação era muito agressivo, mas ela sempre me defendia. Se fosse possível, preferia apanhar no meu lugar.

Vocês enfrentaram muitas dificuldades?

Já atravessamos muitas lutas. Houve vezes em que ela deixou de comer para eu não dormir com fome por que a gente não tinha nada no armário. Ela e o parceiro dela. Mãe já teve três maridos e alguns outros ficantes.

Uma dessas lutas foi a enchente?

Sim. Eu tinha 5 anos na época. Levou tudo, até nossos animais, as galinhas que a gente criava. A salvação foram as doações que o pessoal da Igreja Católica fez. Minha mãe também trabalhou na agricultura, eu acompanhava ela. Também foi uma época difícil. E teve o câncer.

Câncer?

Foi quando tinha 105 anos. Ela tinha um caroço na cabeça, mas a gente nunca pensou que podia ser um tumor. O médico fez biópsia e descobriu.

Ele disse que não sabia se ela ia aguentar a cirurgia, por causa da idade, tive até que assinar um termo. Coloquei na mão de Deus. Depois fez a quimioterapia e hoje está aqui.

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