Medicamento aumenta chance de cura para câncer de pulmão, indica pesquisa
Medicamento reduziu em 51% o risco de morte para pacientes com o tipo de câncer de células não pequenas, mais comum da doença
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Tumor que mais mata no Brasil e no mundo, o câncer de pulmão foi objeto de estudo de duas pesquisas no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), no último fim de semana.
Os estudos trazem novidades sobre dois medicamentos já utilizados no tratamento contra a doença. No primeiro deles, o medicamento chamado Osimertinibe reduziu em 51% o risco de morte para pacientes com o tipo de câncer de células não pequenas, o mais comum da doença.
Conduzido pelo Yale Cancer Center, nos Estados Unidos, o estudo de fase 3 contou com 628 pacientes de 26 países. Os participantes passaram por uma cirurgia de retirada do tumor. Em seguida, parte deles recebeu o medicamento e outra parte recebeu o placebo, uma substância inativa.
Como resultado, após cinco anos de acompanhamento, aqueles que receberam o medicamento tiverem o risco de morte 51% menor.
A expectativa dos líderes do estudo é que o medicamento se torne o tratamento padrão para esse tipo de câncer.
“O resultado é positivo porque alterou a sobrevida dos pacientes e é importante para ampliar o uso da medicação”, afirmou Jessica Polese, pneumologista da Rede Meridional.
“Antes, o tratamento de quimioterapia no câncer de pulmão atingia vários tipos de célula. Agora, as medicações têm sido mais direcionadas, e isso as torna mais eficazes”, acrescentou a médica.
Outra novidade apresentada no encontro diz respeito ao Pembrolizumabe. Pacientes que fizeram uso do medicamento antes da cirurgia reduziram em 42% o risco de recorrência e progressão da doença.
O oncologista da Rede Meridional Fernando Zamprogno explica que o medicamento já vem sendo usado no cenário metastático, ou seja, quando o tumor sai de seu local de origem.
“É uma imunoterapia acoplada à quimioterapia. Há pouco mais de um ano já tinha sido aprovada no Brasil para cenário pós-operatório”, disse.
A novidade do estudo é em relação ao uso do remédio antes da cirurgia. “Ainda não sabemos se vamos curar mais pacientes com o uso no pré-operatório. O estudo precisa amadurecer mais, mas provavelmente daqui a um ou dois anos nós vamos saber se estamos curando mais”, disse o médico sobre os resultados de uma nova publicação.
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Câncer de pulmão
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O Tabagismo é uma das principais causas do desenvolvimento da doença.
Até Mesmo ex-fumantes precisam realizar exames de acompanhamento com frequência, já que o risco do aparecimento da doença persiste por anos, mesmo depois que a pessoa para de fumar.
Redução do risco de morte
Estudo conduzido pelo Yale Cancer Center, nos Estados Unidos, contou com 628 pacientes de 26 países.
Eles foram acompanhados por cinco anos pelos pesquisadores.
Após a cirurgia de retirada do tumor, o grupo de participantes que recebeu o medicamento chamado Osimertinibe teve o risco de morte reduzido em 51% quando comparado ao outro grupo, que recebeu o placebo (substância inativa).
Aumento na chance de cura
Uso do medicamento Pembrolizumabe antes da cirurgia de retirada do tumor reduziu em 42% o risco de recorrência e progressão da doença.
Pesquisa foi realizada pela Universidade de Stanford, também nos Estados Unidos.
Fontes: Especialistas consultados e pesquisa A Tribuna.
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