Linha férrea desativada em Cariacica deve virar avenida
Projeto prevê que sete quilômetros da Estrada de Ferro Leopoldina, em Cariacica, sejam transformados em mão única com ciclovia
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Os sete quilômetros da Estrada de Ferro Leopoldina, que corta o município de Cariacica, devem se transformar em um binário, avenida de mão única, com ciclovia.
O anúncio foi feito pelo prefeito da cidade, Euclério Sampaio, em entrevista à reportagem. A ideia, segundo Euclério, é melhorar o trânsito nos bairros de Cruzeiro do Sul, Campo Grande e Rosa da Penha. “Estamos dependendo apenas da concessão, que está bem adiantada”, destacou o prefeito.
No ano passado, um levantamento feito pela Prefeitura de Cariacica mostrou que os sete quilômetros de extensão da malha ferroviária no município estavam em estado de abandono e havia pontos com ausência de trilhos e dormentes, invadidos por vegetação e até mesmo aterrados.
A Estrada de Ferro Leopoldina – que passa por 11 municípios do Estado – é de responsabilidade da VLI, empresa que atualmente está em processo de renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), a maior do País, porém, no ano passado, entrou com pedido de devolução da ferrovia Leopoldina para a União.
No ano passado, representantes da Prefeitura de Cariacica e de outros municípios estiveram em Brasília em uma reunião na Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário, órgão ligado ao Ministério dos Transportes, pedindo que o trecho, atualmente ocupado pela malha ferroviária da VLI, seja cedido ao município.
O deputado federal Gilson Daniel é um dos articuladores para que a concessão seja passada aos municípios. “Estamos fazendo todo o movimento para que a VLI entregue a concessão ao governo federal. A partir daí, possivelmente será dado um comodato (espécie de empréstimo), autorizando os municípios a utilizarem o trecho onde passa a linha férrea”.
A previsão, segundo o deputado, é que até o primeiro semestre de 2025 haja definição sobre concessão. Nos demais municípios onde a malha ferroviária atravessa, o plano é que possa haver um parque linear e conversão de vagões inativos em estabelecimentos de gastronomia.
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