Hospital nega relação de morte de jovem com colocação de piercing
A jovem foi submetida a uma cirurgia para drenagem de abscesso cerebral e recebeu cuidados intensivos até o dia da morte
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A Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud) negou nesta terça-feira (12) a relação da morte de uma jovem de 20 anos em Dourados, no Mato Grosso do Sul, com uma inflamação provocada pela colocação de piercing na boca.
A suspeita havia sido divulgada pela família da jovem, que diz ter ouvido a informação de um médico do Hospital da Vida, onde Andressa de Souza foi internada no dia 15 de junho. Ela morreu 24 dias depois.
Segundo nota divulgada pela Funsaud, que administra o hospital onde Andressa foi internada, ela chegou com histórico de crise convulsiva e suspeita de comprometimento neurológico grave.
"Não é possível afirmar que a evolução do quadro clínico da paciente até seu óbito tenha referência com a colocação do piercing", diz a nota.
Andressa foi encaminhada para o Hospital da Vida, unidade referência em neurocirurgia, pelo município de Itaporã (MS), onde morava. Foi atendida pelas equipes de neurocirurgia e infectologia na UTI do hospital.
A jovem foi submetida a uma cirurgia para drenagem de abscesso cerebral e recebeu cuidados intensivos até o dia da morte, em 9 de julho, com diagnóstico de choque séptico e encefalite.
Segundo o UOL, a mãe da jovem contou que a filha colocou o piercing no lábio inferior há dois meses e ficou com a boca inflamada antes da internação. No entanto, segundo o hospital, não é possível afirmar que essa foi a causa da morte.
Andressa tinha piercings também no umbigo e sobrancelha e já teve no nariz. Segundo a família, isso nunca causou problemas para a jovem. Ela era casada e deixa um filho de três anos.
"Ainda não aceito que você se foi e me deixou para sempre. Você era uma menina doce, meiga. Nunca vou esquecer do seu sorriso, das nossas conversas", disse uma das irmãs de Andressa, nas redes sociais. "Você para mim sempre será minha bonequinha".
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