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Cidades

Famílias deixam de comer feijão no dia a dia. Entenda os riscos

Mudanças culturais, avanço dos alimentos ultraprocessados e o aumento do preço do grão são alguns motivos, apontam especialistas


Imagem ilustrativa da imagem Famílias deixam de comer feijão no dia a dia. Entenda os riscos
Famílias estão deixando de comer feijão, diz pequisa Como isso pode afetar nossa saúde? ou Queda no consumo de feijão pode provocar obesidade, dizem especialistas A professora de Nutrição da UVV Priscila Freitas |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Os brasileiros estão deixando de lado o hábito de consumir feijão diariamente, e essa mudança de comportamento alimentar tem preocupado especialistas. Entre as motivações  apontadas, estão as transformações culturais, o avanço dos alimentos ultraprocessados e o aumento dos preços do grão.

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Segundo um estudo realizado pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o consumo regular de feijão, de cinco a sete dias por semana, está em declínio no País. A pesquisa indica que até 2025, o feijão deixará de ser consumido de forma regular pela maioria dos brasileiros.

Neste ano, a frequência considerada irregular varia de um a quatro dias por semana  no consumo do alimento, revela o estudo. Esse cenário reflete a perda de espaço do feijão nos pratos dos brasileiros, sendo substituído por opções menos saudáveis. A mudança do hábito alimentar tem consequências preocupantes. 

Para  a nutricionista  Gabriela Mariano, a redução é, de fato, resultado do aumento de alimentos ultraprocessados, que são produtos de alto valor calórico e baixo valor nutritivo. 

“Essa troca causa um aumento de  doenças crônicas como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. Em contrapartida, o consumo do feijão traz inúmeros benefícios para a saúde”. 

O feijão, considerado símbolo nacional e parte essencial da culinária brasileira, é um alimento altamente nutritivo. Rico em proteínas, fibras, vitaminas e minerais, o feijão contribui para a saúde cardiovascular e a imunidade. É o que afirma a professora de Nutrição da Universidade de Vila Velha (UVV), Priscila Freitas.  

“O feijão-preto é rico em antocianinas, que são antioxidantes que ajudam a prevenir doenças cardiovasculares e o câncer. Já o feijão-branco é rico em amido resistente, que ajuda a controlar o açúcar no sangue e a reduzir o colesterol. O ideal é ter uma dieta variada e consumir nutrientes e substâncias benéficas à saúde”.

OPINIÕES

"O arroz e o feijão formam combinação perfeita. Fornecem todos os aminoácidos, além de energia e fibras”, Maria do Carmo Freitas, nutricionista.

"Ervilha, lentilha e grão-de-bico são ótimos substitutos do feijão, com boas fontes de proteína e fibras”, Gabriela Mariano, nutricionista.

Imagem ilustrativa da imagem Famílias deixam de comer feijão no dia a dia. Entenda os riscos
As nutricionistas Maria do Carmo Freitas e Gabriela Mariano (da esq. para a dir.) |  Foto: Reprodução/Acervo Pessoal

Alimento altamente nutritivo e tradicional

Queda no consumo 

- Estudo indica que o brasileiro deixará de consumir feijão de forma regular até 2025.

- Para analisar a evolução do consumo de feijão nos últimos anos no Brasil, uma pesquisa usou dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita anualmente por telefone pelo Ministério da Saúde.

- Analisando dados do Vigitel de mais de 500 mil adultos entre 2007 e 2017,  observou-se uma tendência de queda do consumo do feijão entre 2012 e 2017. 

- A redução aconteceu entre homens e mulheres, de todas as faixas etárias. A partir da observação do passado, a pesquisa utilizou métodos estatísticos para projetar o que deve acontecer à frente, até 2030.

Motivos

- Mudanças culturais e o avanço dos ultraprocessados, alimentos calóricos e de baixo valor nutricional estão no centro da redução do consumo de feijão.

- Com o passar do tempo, há também uma perda de práticas culinárias, da habilidade no preparo dos alimentos, com a tradição de receitas que passavam entre gerações. Isso  começa a se perder.

- Um terceiro fator que pesa na redução de consumo do feijão é o aumento de preços do produto. Fato observado pelos pesquisadores. 

Impacto 

- Os ultraprocessados têm substituído o feijão, mas o consumo excessivo dos ultraprocessados  contribui para doenças crônicas, além do aumento de casos de obesidade, diabetes e hipertensão.

 Valor nutricional 

- O Feijão é um alimento altamente nutritivo e tradicional na dieta brasileira. Fonte de proteínas, fibras, vitaminas e minerais essenciais. 

- A Redução da ingestão de fibras pode causar problemas gastrointestinais. Além do comprometimento da imunidade e maior suscetibilidade a infecções.

- Incentivar a diversidade alimentar e conscientizar sobre os benefícios nutricionais do feijão são  caminhos para voltar ao hábito. 

Preparo adequado

- Lave bem o feijão antes do cozimento para remover impurezas. Opte por cozinhar o feijão em panela de pressão para reduzir o tempo de preparo.  Evite adicionar grandes quantidades de sal durante o cozimento.

- Deixe o feijão de molho é uma prática recomendada por especialistas.  

- O processo ajuda a amolecer os grãos, resultando em um tempo de cozimento mais curto.

- Deixe de molho também ajuda a melhorar a digestão.  O processo  contribui para reduzir os chamados antinutrientes presentes no feijão, como os fitatos e os oligossacarídeos, que podem dificultar a digestão.

- Isso torna o feijão mais suave para o sistema digestivo e pode ajudar a prevenir desconfortos, como gases e inchaço. Também melhora a absorção de vitaminas, minerais e proteínas presentes no feijão.

Fonte: Nutricionistas citados e pesquisa AT.

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