X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Fala Doutor

Especialista revela sinais que podem indicar diabetes

Vontade excessiva de urinar, irritabilidade, micose, candidíase, distúrbios visuais e até fungos nas unhas são alguns dos alertas


Imagem ilustrativa da imagem Especialista revela sinais que podem indicar diabetes
Sabrina França alerta que obesidade e diabetes andam juntos |  Foto: Aquiles Brum / AT

No Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Só que mais da metade dessas pessoas desconhece que tem a doença. Mas quais seriam os sintomas que ela pode manifestar? 

Vontade excessiva de urinar, irritabilidade, micose, candidíase, distúrbios visuais e até fungos nas unhas são sinais da doença,   explica a endocrinologista Sabrina França, médica titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que conversou com a reportagem no  TribunaLab.

Veja mais notícias sobre Saúde aqui

 A TRIBUNA – Explique a diferença do diabetes tipo 1 do tipo 2.

Sabrina França – O diabetes, na verdade, é quando a glicose fica alta no sangue. Até ela ficar alta, às vezes, o diagnóstico demora um pouco. Podemos classificar o diabetes em mais de dois tipos, na verdade, como o diabetes gestacional que só fazemos o diagnóstico na gestação, mas os mais comuns são o tipo 1 e 2.

O tipo 1 é aquele onde a glicose fica alta de uma hora para  outra e, geralmente, acontece nas crianças e adolescentes. Não tem uma causa muito definida. 

Geralmente é uma doença autoimune, ou seja, o próprio organismo produz células de defesa que agem contra o pâncreas, destruindo as células que produz insulina.   É uma falência aguda do pâncreas.

Já no tipo 2, até chegar nessa fase de falência do pâncreas e deficiência de insulina, ele passa por uma fase de pré-diabetes, em que o pâncreas funciona até mais do que o normal, na tentativa de produzir uma quantidade de insulina suficiente para manter a glicose dentro do normal. No tipo 2, temos uma resistência insulínica: apesar de ter insulina, ela não consegue ter ação.

Quais são os sintomas do tipo 1 e 2?

No tipo 1, a criança  ou adolescente começa a desenvolver sintomas como muita sede, perda de peso, vontade excessiva de urinar, fome,  irritabilidade e pode até dar distúrbios visuais.

Já no tipo 2, a maioria das pessoas é assintomática durante um longo período. Na fase de pré-diabetes, já existe a fisiopatologia que causa complicações mesmo sem a glicose ficar mais alta e não tem sintoma algum. Para ter diabetes, a glicose em jejum tem de estar acima de 126, e a pessoa pode não ter sintomas.

A glicose vai dar esses sintomas exuberantes, como os do tipo 1, quando ela está acima de 250, 350, mas de forma contínua. Só que, no diabetes tipo 2, até a nesse patamar, o paciente já chegou por um longo período sem saber.

A glicose muito alta pode causar manifestações na pele e na  visão?

Os sinais e sintomas dependem do tempo de doença e do nível de glicose. O distúrbio visual é um sintoma que vemos, principalmente, quando tem muita oscilação do nível de glicose, pode ocorrer uma dificuldade de refração, podendo a  pessoa ter um distúrbio visual.

Há lesões na pele que são bem características do diabetes. Quando a glicose está muito alta, a imunidade não está muito boa. Então, aquele fungo ou bactéria, que fazem parte da nossa flora,  se torna patológico, como fungos nas unhas, no meio dos dedos, micoses, candidíase e até infecção urinária de repetição.

Qual o principal fator para desenvolver a doença do tipo 2?

É uma junção de fatores. Hoje, andam juntos a obesidade e o diabetes. 

Um estudo mostrou que um em cada três adultos com diabetes tipo 2 tem doença cardíaca sem sintomas. É isso mesmo?

É isso. Esse estudo prova, mais uma vez, que o paciente diabético é de alto risco. É possível dizer que o paciente diabético tipo 2 pode até estar controlado, tem o mesmo risco de apresentar um evento cardiovascular, como infarto e derrame, do paciente que já infartou ou teve um AVC. 

Isso porque a artéria do paciente diabético tipo 2 é mais sensível, inflamada, e mais vulnerável para a formação de trombos.

É possível se curar? Na fase pré-diabética, posso reverter o quadro?

No diabetes tipo 1, existem muitos estudos de células-tronco, de transplante, e a esperança é que a medicina encontre a cura para esse tipo de diabetes. Apesar de que, hoje, temos insulina de tudo quanto é tipo.

Já no diabetes tipo 2, existe desde o remédio que pode ser adquirido na farmácia popular  até um medicamento de R$ 1.500.

Temos drogas novas vindo ainda mais eficazes e caras, infelizmente. São drogas que têm o efeito protetor cardiovascular.

O tratamento é amplo e complexo, mas a pessoa precisa entender que tem a doença e aceitá-la. 

Quem está com pré-diabetes têm um risco. Só que, a grande diferença do pré para o diabetes é que existe a possibilidade de cura, com bons hábitos,  emagrecendo, se alimentando e dormindo melhor,  se estressando menos.

Quais os riscos de não tratar a doença?

Vão  desde complicações microvasculares, como problemas nas vistas, rins, amputação de membros, até os problemas macrovasculares, que são os grandes vasos do coração e cérebro.

Os Números

13 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil

62 milhões de pessoas vivem com diabetes nas Américas

Leia mais:

Número de casos de Gripe Aviária em aves no Brasil chega a 70

Brasil pode ter quase 120 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço até 2025

Médicos alertam: infarto aos 30 e 40 anos não surpreende mais

Assista a entrevista completa no podcast Fala, Doutor!

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: