Esqueleto gigante é desenterrado e some em praia
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O esqueleto de uma baleia, encontrado no fim de semana por um morador da comunidade da Barra do Una, praia localizada na reserva ecológica Jureia-Itatins, a 24 km do centro de Peruíbe, no litoral paulista, sumiu após suas fotos terem viralizado nas redes sociais.
A ossada de mais de quatro metros de comprimento desapareceu misteriosamente do local.
"Desconfiamos ter sido um morador aqui da comunidade. Algumas pessoas viram outras duas retirando os ossos durante a noite", contou à reportagem o pescador Marcelo Rodrigues Justiniano, 46, responsável pelo primeiro registro dos ossos.
Rodrigues publicou nas redes sociais as fotos e, em pouco tempo, o conteúdo se tornou viral. Ele mora a cerca de 500 metros de onde estava o esqueleto, que surgiu na faixa de areia.
A praia fica em área de responsabilidade da Fundação Florestal e é abrangida pelo Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BS), realizado pelo Instituto Biopesca, responsável pela gestão do local foi encontrada a carcaça.
"A equipe começou a investigar a ocorrência para confirmar a informação e, devido à chuva e à dificuldade de acesso à praia, os profissionais não puderam se deslocar até o local", explicou o instituto, em nota.
"As possibilidade são terem sido removidos pela maré ou mesmo por pessoas", acrescentou. O Instituto Biopesca investiga o motivo de a ossada estar no local e acredita que possa corresponder aos restos de uma baleia que foi encontrada encalhada, já sem vida, em uma área nas proximidades, em 2018.
Entre ambientalistas locais e moradores, o entendimento é que seria a ossada de uma baleia-de-bryde de aproximadamente 14 metros que encalhou na região no ano de 2009.
"Até pelo estado, já totalmente sem carne, me parece ser desse caso de 2009 quando enterrei, junto com a prefeitura, um animal que já estava em decomposição avançada. Não existia ainda a estrutura do PMP [projeto diário iniciado em 2015]. Orientamos o pessoal da secretaria de obras da prefeitura a enterrar o animal na própria praia", disse o biólogo Thiago Nascimento, responsável pelo Aquário Municipal de Peruíbe e presidente do Instituto Ambiecco.
"Existe uma grande possibilidade de ser a baleia-de-bryde. Estávamos tentando articular uma logística para ir até o local, mas recebemos a informação de que retiraram os ossos, de que roubaram a ossada. Além de proibido, isso é de um egoísmo enorme", disse.
Procurada, a Fundação Florestal ainda não havia se manifestado.
A Prefeitura de Peruíbe explicou não ter envolvimento sobre o caso por se tratar de uma área de responsabilidade da Fundação e do Biopesca, com relação a resgate e averiguação de animais.
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