ES investiga 12 mortes por suspeita de dengue
Especialistas afirmam que, na maioria dos casos, doença mata por não receber atenção e abordagem adequadas em sua fase inicial
Escute essa reportagem

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está investigando 12 mortes por suspeita de dengue no Espírito Santo este ano. Três delas são do município de Cariacica, uma de Colatina, uma de Jaguaré, uma de Jerônimo Monteiro, duas de Santa Leopoldina e quatro da Serra.
“Esses casos passam por análise criteriosa, podendo ser confirmados, descartados ou permanecer inconclusivos, conforme a investigação epidemiológica e exames laboratoriais”, informou a pasta.
No País, segundo o painel de monitoramento das arboviroses do Ministério da Saúde, já ocorreram 118 mortes por dengue, sendo que outras 294 estão em investigação.
O órgão federal afirmou, porém, que nas primeiras seis semanas de 2025, o número de casos prováveis de dengue no Brasil é aproximadamente 60% menor em relação ao mesmo período de 2024.
“Estamos entrando em um período sazonal em que é esperado um aumento do número de casos. Isso acontece porque, nessa época do ano existe uma maior proliferação do vetor, o mosquito da dengue, por conta do calor e das chuvas que geram águas paradas. Esse ambiente acaba favorecendo a proliferação”, disse a infectologista Ana Carolina D’Ettores.
Segundo a especialista, na maioria dos casos, a doença mata porque não recebe atenção e abordagem adequadas inicialmente, como aquele paciente que demora para ir ao sistema de saúde e que tem uma hidratação insuficiente.
A infectologista Rubia Miossi explicou que, ao ter sintomas como febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, manchas no corpo, diarreia e vômito, é fundamental procurar o serviço mais próximo e passar por avaliação inicial médica e fazer exames de sangue.
“Isso é feito para saber como está a situação de hidratação da pessoa, como está o fígado e rim, porque esses órgãos são muito afetados pela dengue”, afirmou.
“Com a avaliação inicial dá para saber se é caso do paciente se hidratar em casa, e geralmente em 48 horas ele volta para reavaliação, ou se é o caso de precisar ficar internada e assim fazer o tratamento dentro de um hospital, serviço de saúde”, finalizou a infectologista.
FIQUE POR DENTRO
Investigação de mortes
> Doze mortes de 2025 estão em investigação para dengue no Espírito Santo. Três delas são do município de Cariacica, uma de Colatina, uma de Jaguaré, uma de Jerônimo Monteiro, duas de Santa Leopoldina e quatro da Serra.
> No País, 118 mortes foram confirmadas e outras 294 seguem em investigação.
Diminuição de casos
> De acordo com o Ministério da Saúde, nas primeiras seis semanas de 2025 o número de casos prováveis de dengue no Brasil é aproximadamente 60% menor em relação ao mesmo período de 2024.
> Em 2025, até o dia 13 de fevereiro, foram registrados 281.049 casos prováveis, contra 698.482 casos no mesmo período do ano passado.
> O Espírito Santo acompanha o cenário nacional e registra uma redução de 68,7% na comparação entre os dois períodos, passando de 14.797 casos em 2024 para 4.624 neste ano.
A doença
> Seu vetor é a fêmea do mosquito Aedes aegypti.
> Sintomas: febre alta, dores no corpo e atrás dos olhos, vermelhidão na pele, fadiga, vômito.
Por que mata?
> De acordo com a infectologista Ana Carolina D’Ettores, na maioria dos casos, a doença evolui para a morte porque não recebe atenção e abordagem adequadas inicialmente, como, por exemplo, quando o paciente demora para ir ao sistema de saúde ou tem uma hidratação insuficiente.
Como se prevenir?
> Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado; tirar água dos pratos de plantas; colocar garrafas vazias de cabeça para baixo; tampar depósitos de água e limpá-los.
> Também é possível se vacinar. Há a vacina Qdenga, disponibilizada no SUS atualmente para a população de 10 a 14 anos, e a Dengvaxia, em clínicas particulares.
Fonte: Pesquisa A Tribuna, Sesa e Ministério da Saúde.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários