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Cidades

Empresário perde 10 milhões em golpe do falso investimento

Atraído por promessa de falso assessor, homem de 50 anos perdeu quantia milionária


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Criminosos têm desenvolvido cada vez mais técnicas para aplicar golpes no Estado. Prova disso são os 13.526 novos casos registrados na polícia nos quatro primeiros meses deste ano. A cada 15 minutos um morador do Espírito Santo se torna vítima.

E entre os golpes mais aplicados está o do falso assessor de investimentos que, no Espírito Santo, já chegou a dar prejuízo de R$ 10 milhões em uma única pessoa.

“Foi no final do ano passado. A vítima era um empresário de 50 anos que tinha uma reserva que seria utilizada para pagar um fornecedor, mas decidiu investir o dinheiro, por um tempo, atraído pelo falso investimento”, explica o titular da Delegacia Especializada de Defraudações (Defa), delegado Douglas Vieira.

Imagem ilustrativa da imagem Empresário perde 10 milhões em golpe do falso investimento
O Delegado Douglas Vieira diz que o aumento de casos de fraudes tem relação com a falta de prevenção |  Foto: Leone Iglesias/AT

Além deste golpe, o do falso empréstimo consignado, no qual o bandido se passa por um funcionário de uma instituição financeira como banco para tirar o dinheiro da vítima, também anda tirando o sono de capixabas.

São quatro mil casos a mais em relação ao mesmo período do ano passado, quando 9.526 pessoas procuraram ajuda policial, vítimas de ocorrências de estelionato e fraude, um aumento de 42,14%. 

Outro dado que chama atenção é que esse tipo de crime já superou até os assaltos a pessoas em rua, ônibus, condomínios, comércios e casas. Juntos, somam 7.255 novos casos no mesmo período.   

No golpe do falso investidor, o suspeito dizia se tratar de uma espécie de “trader”, especializado em operações do mercado financeiro. As vítimas transferiam os valores diante da promessa, de rendimentos mensais de 2% a 3%. 

No entanto, o golpista faz investimentos em corretoras em conta que estão em seu próprio nome. Quando as vítimas solicitavam os valores investidos de volta, percebiam que caíram no golpe.

Para Douglas Vieira, o aumento nos casos de estelionato e fraudes tem relação com a falta de prevenção das pessoas. 

“A pandemia forçou o mundo a usar mais os meios digitais. Então, muitos criminosos têm se aproveitado disso por saberem que as pessoas acabam não se prevenindo, fornecem documentos, dados, etc”, explicou o delegado.

Idosa perde 300 mil 

Uma idosa, de 60 anos, perdeu R$ 300 mil ao cair no golpe do falso motoboy. A vítima, que é moradora de Vitória, atendeu uma ligação do criminoso que se passou por funcionário do banco onde ela tem uma conta.

Ao ser questionada sobre uma possível compra e negar a efetividade dela, os golpistas encaminharam um falso motoboy até o endereço da idosa para recolher dois cartões da vítima –um de crédito e um de débito. Depois, o bando usou os cartões deixando o prejuízo para vítima.


OS GOLPES


Golpe do falso empréstimo

  • Os vigaristas fazem anúncios em redes sociais se passando por instituições financeiras de crédito rápido com ofertas tentadoras. 
  • Após contato da vítima, os criminosos solicitam pagamento de taxa para a liberação do empréstimo.
  • São solicitados diversos pagamentos até que a vítima perceba que se trata de um golpe e pare de pagar.

Falso assessor de investimento

  • O falso assessor de investimentos convence as vítimas a lhe entregar dinheiro na promessa de rendimentos mensais de 2% a 3% ao mês.
  • Contudo, ele faz investimentos em seu próprio nome. Quando as vítimas, no ano em que o dinheiro não está investido, solicitam altas quantias, elas não têm o dinheiro devolvido.

Falso motoboy

  • A vítima recebe uma ligação telefônica e a pessoa do outro lado informa que o cartão foi clonado e que precisa dos dados para bloqueá-lo.
  • Depois disso, um motoboy vai até o endereço da vítima, pega o cartão que supostamente estaria cancelado, e vai embora.
  • Com esse cartão, os criminosos fazem várias compras.

Golpe do precatório

  • Golpistas entram em contato se passando por advogados do poder público, anunciando o pagamento de um precatório (dinheiro a ser pago pelo poder público).
  • Os bandidos dizem que é necessário pagar uma taxa para emissão de isenção de Imposto de Renda.
  • Depois que a vítima faz o depósito, ela recebe um falso alvará.

Como escapar:

  • Não forneça os dados de seus documentos para estranhos em ligações telefônicas, mensagens SMS ou WhatsApp.
  • Desconfie sempre de ofertas de produtos com preços abaixo dos praticados em mercado.
  • Recuse propostas que pareçam ser muito fáceis.
  • Não troque fotos nem vídeos íntimos pela internet/rede social. Lembre-se: pedofilia é crime.
  • Em caso de dúvida, procure sempre alguém de sua confiança e peça ajuda.
  • Se você sabe de alguém que pode estar praticando algum destes golpes, denuncie pelo 181 ou procure a delegacia de polícia mais próxima.
  • Caso tenha sido vítima de algum destes golpes, procure a Polícia Civil. Você pode registrar a ocorrência pela Delegacia Online: delegaciaonline.sesp.es.gov.

Fonte: Polícia Civil do Estado.

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