X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Como o Movimento Cidade põe o Espírito Santo no mapa dos grandes festivais

Realizado entre os dias 16 e 18 de agosto, evento reuniu 100 mil pessoas na capital capixaba


Imagem ilustrativa da imagem Como o Movimento Cidade põe o Espírito Santo no mapa dos grandes festivais
Movimento Cidade aconteceu neste fim de semana |  Foto: Reprodução/Instagram @movimento.cidade

Colocar o Espírito Santo no mapa dos grandes festivais é o propósito do Movimento Cidade, o MC. Realizado há seis anos entre Vila Velha e Vitória, o evento cresce em tamanho e importância, e entre sexta (16) e domingo (18) reuniu 100 mil pessoas na capital capixaba.

Com o tema "O Incrível Mundo Além do Sudeste", o festival buscou não só fortalecer sua posição no cenário nacional, mas dar espaço a outras regiões frequentemente esquecidas. Cerca de 30% das 18 atrações musicais eram capixabas, enquanto metade vinha das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul

Reunindo artistas de estados como Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, o evento explorou ritmos variados como manguebeat, brega, rap, trap, pop, rock psicodélico e samba.

Em um mercado saturado de festivais de música ao vivo —apenas no primeiro semestre deste ano foram realizados 146 festivais no Brasil, quase um por dia– e com line-ups muitas vezes repetitivos, o MC se destaca como uma alternativa nesse cenário. Não apenas por ser gratuito, mas por apresentar uma programação que foge dos rankings tradicionais de streaming.

Na sexta, o MC reuniu os baianos Vandal, uma das vozes mais importantes do grime e do drill, e Sthelô, que trouxe seus versos sobre corporeidade e melancolia em um dos melhores shows da noite. O paulistano Criolo também se apresentou, com a segunda performance de sua nova turnê "Ciclo".

O festival desafiou as expectativas também na escolha dos destaques no topo do line-up. Dona Onete foi anunciada como headliner, seguida por Criolo, Silva e Don L, enquanto Marina Sena apareceu apenas na terceira linha da arte de divulgação.

Essa estratégia também se refletiu na programação dos shows. Na sexta, o festival foi encerrado pela capixaba Afronta, que se apresentou após Criolo. No sábado, Ebony fechou a noite, seguindo a apresentação de Marina Sena. A estratégia, no entanto, não deu muito certo, pois metade do público deixou o festival após os shows de Criolo e Sena, enquanto Afronta e Ebony ainda se apresentavam.

Marina Sena, por sinal, entregou a apresentação mais hipnotizante do festival. Com canções de seus álbuns "De Primeira" e "Vício Inerente", a cantora foi ovacionada por um público que, em outras apresentações, se mostrava tímido ou pouco engajado. Para vê-la, uma fila quilométrica se formou ao redor do Parque da Prainha, em Vila Velha, onde o festival acontecia.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Uma grande falta fez o show de Dona Onete, previsto para sábado, mas cancelado por recomendações médicas. Ela foi substituída por Potyguara, que fez o público dançar ao som de uma mistura de brega e funk.

O domingo foi encerrado com a maranhense Kaê Guajajara, que traz em suas composições as vivências de ser uma indígena na cidade, preservando o idioma de sua etnia, o ze'egete; e do capixaba Silva, que estreou "Encantado", turnê homônima ao seu novo álbum lançado em julho.

O festival surpreendeu também pela experiência oferecida. Entre um show e outro, acontecia a Mostra Cena Capixaba, transformando o evento em um cinema ao ar livre com curtas que refletiam sobre espaço e tempo.

No palco menor, o Carango Nave, ocorreram batalhas de rimas, slam, breaking e ballroom. Um dos destaques dessa programação paralela foi a batalha de MCs, que consagrou Marcelinha, uma artista local, como a melhor entre homens e mulheres. O espaço, que lembrava uma lona de circo, ficou pequeno para a demanda de público.

O MC reforçou uma das maiores tendências nos festivais, especialmente os menores —a preocupação com a sustentabilidade e o conforto do público. Além de bebedouros espalhados por todo o espaço, o evento oferecia frutas frescas de graça em alguns pontos. Havia também muitos lugares para sentar, entre bancos, pufes e arquibancadas.

Quem passava por ali também podia trocar tampinhas de garrafas por créditos para compras no festival, e todos andavam com seus copos reutilizáveis personalizados.

Para além de um festival de música, o Movimento Cidade quis se consagrar como um manifesto cultural. Dar um grito de "estamos aqui" sobre o povo capixaba e fazer um convite para que todo o Brasil olhe para além do eixo Rio-São Paulo.

A jornalista viajou a convite do Movimento Cidade.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: