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Cidades

Com mais de 600 médicos formados em 2025, ES é o 4º do país com mais profissionais

Estudo revelou que são 3,55 médicos por cada mil habitantes. A expectativa é que o número quase dobre em 10 anos


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Imagem ilustrativa da imagem Com mais de 600 médicos formados em 2025, ES é o 4º do país com mais profissionais
Números de médicos formados cresce no estado, se classificando em quarto lugar do país com mais profissionais. |  Foto: Reprodução/Canva

Com um número crescente de oferta de vagas em cursos de Medicina, o Estado tem 3,55 médicos por cada mil habitantes. A taxa é a 4ª maior do País e a tendência é quase dobrar nos próximos 10 anos.

Os dados fazem parte do estudo Demografia Médica 2025, conduzido pelo departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). A edição de 2025 também tem apoio do Ministério da Saúde.

Segundo a pesquisa, o Espírito Santo tem 14.564 médicos, sendo 62,3% com alguma especialidade.

Do total, 6.350 (43,6%) está na capital, que tem 18,52 médicos por mil habitantes – a maior média entre as capitais.

Os números são referentes ao ano de 2024, mas o estudo ainda apresenta uma estimativa para 2035.

No Espírito Santo, por exemplo, a expectativa é que o número salte para 6,63 médicos por cada mil habitantes, chegando a mais de 28 mil médicos em 10 anos.

O aumento é resultado do crescimento da oferta de vagas em cursos de Medicina.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-ES), Fernando Tonelli, o número preocupa. “O Espírito Santo já tem um número razoável de médicos, o que seria suficiente para atender hoje à necessidade da população”.

Ele ressaltou, no entanto, que o desafio é a distribuição desses médicos pelo território, visto que tem cidades no Estado sem um único médico cadastrado.

Para Tonelli, o aumento do número de profissionais no mercado – se não for acompanhado de políticas públicas para incentivo à atuação fora dos grandes centros – não vai resolver os problemas com distribuição de profissionais. “Pelo contrário, a quantidade de médicos se formando pode agravar ainda mais a situação.”

Com 37 anos de formado, o médico, professor da Emescam e CEO da Bluzz Saúde, Márcio Almeida, afirmou que, historicamente, o Estado sempre teve uma média alta de médicos em relação a outros estados. “Um dos problemas é que a oferta de pós-graduação também não acompanha tanta vaga de Medicina”.

Ao lado do médico Lucas Turra, a médica de Família e Comunidade e gestora no Cuidado Integrado da Bluzz Saúde, Jetele Seleme Piana, destaca que a maior preocupação com o crescimento do número de profissionais é com relação à qualidade do ensino que está sendo ofertado para os formados.

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Os médicos Lucas Turra, Jetele Seleme Piana e Márcio Almeida destacam a importância da qualidade do ensino. |  Foto: Leone Iglesias/AT

Mais de 600 profissionais formados só neste ano

Os dados do estudo Demografia Médica no Brasil 2025 colocam em evidência o crescimento do número de profissionais médicos formados a cada ano.

Segundo o Conselho Regional de Medicina do Estado (CRM-ES), somente em 2025 foram mais de 682 novos inscritos na entidade.

O presidente do Conselho Regional, Fernando Tonelli, destacou que atualmente o CRM-ES tem 15.095 médicos ativos.

Um dos pontos que preocupa os conselhos hoje é a qualidade da formação dos profissionais diante do aumento da abertura de vagas nos últimos anos.

Entre os problemas, ele citou que teve instituição no País que reduziu a carga horária para formação médica em 1.900 horas. Além disso, citou a falta de hospitais-escolas em muitas instituições. “O mais grave é que tem faculdade no Brasil que não tem um único médico no corpo docente. Como formar médico sem um médico?”.

Segundo Tonelli, entre as medidas sendo tomadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para melhorar o nível da qualidade de formação está um sistema de acreditação das escolas médicas.

“As faculdades que quiserem podem passar por essa avaliação dos professores e alunos. Com isso, recebem uma espécie de selo de qualidade dado pelo CFM. De quase 400 faculdades no Brasil, mais de 60 são avaliadas”.

Além disso, o CFM tem lutado junto ao Senado para aprovar uma prova de proficiência em que avaliaria o corpo docente da faculdade e o aluno. “Existe uma proposta de fazer três avaliações ao longo do curso. Se o aluno não passar nessa prova de proficiência, ele não vai conseguir o registro no Conselho Regional de Medicina”.

Para Tonelli, é preciso criar medidas para garantir uma qualidade do ensino e, principalmente, do atendimento aos pacientes.

Mulheres são maioria

Pela primeira vez, as mulheres serão maioria entre os médicos no Brasil até o final de 2025. A projeção para este ano, segundo a pesquisa Demografia Médica, é que elas passem a representar 50,9% do total de profissionais no País.

Esse aumento é expressivo em comparação com 2010, quando elas correspondiam a 41% da população médica. As projeções indicam que, até 2035, as mulheres serão 56% do total de médicos no País.

No ensino de Medicina, a presença feminina também tem crescido. Em 2010, as mulheres representavam 53,7% dos matriculados nos cursos de graduação, número que subiu para 61,8% em 2023.

Entretanto, elas predominam em apenas 20 das 55 especialidades médicas. A Dermatologia lidera o ranking das especialistas do sexo feminino, com 80,6% das mulheres.

Estado

Apesar de no Brasil as mulheres liderarem a partir deste ano o número de profissionais formados, no Espírito Santo elas já chegam a 52,4% dos profissionais formados, segundo dados de 2024.

Raio X da Medicina 

Demografia Médica no Brasil

A pesquisa é conduzida há 15 anos pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, com apoio do Ministério da Saúde. A pesquisa reúne dados nacionais e internacionais sobre formação, distribuição de médicos e projeções para próximos anos.

Resultados no Estado

14.564 médicos tem o Estado.

A média é de 3,55 médicos por cada 1.000 habitantes.

Localização

-> 6.350 médicos são de Vitória.

-> 8.214 estão nos demais municípios.

Atuação

-> 37,7% são generalistas.

-> 62,3% são especialistas.

Por sexo e idade

-> 52,4% são mulheres.

-> 47,6% são homens.

-> 34,1% dos médicos têm até 35 anos.

Estados no País com mais médicos por 1.000 habitantes

-> Distrito Federal 6,28

-> Rio de Janeiro 4,20

-> São Paulo 3,76

-> Espírito Santo 3,55

-> Minas Gerais 3,49

-> Maranhão é o Estado com menos médicos por 1.000 habitantes (1,27), seguido pelo Pará (1,37).

Graduação no Estado

-> 10 instituições de ensino formam médicos.

-> 1.118 vagas são abertas por ano nos cursos de Medicina.

Especialidades com mais médicos no Estado

1.  Clínica médica 1.459

2.  Pediatria 1.398

3.  Cirurgia geral 952

4. Ginecologista e Obstetrícia 920

5.  Medicina do trabalho 727

6.  Cardiologia 547

7.  Anestesiologia 533

8.  Ortopedia e Traumatologia 528

9. Oftalmologia 450

10.  Medicina de Família e Comunidade 416

Genética médica é a especialidade com menos profissionais no Espírito Santo (7), seguido de Medicina de Emergência (16).

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