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Brasil

Tia de acusado de matar mãe por herança comemora prisão: 'presente adiantado'

Márcia Lanzane foi morta em dezembro de 2020


Imagem ilustrativa da imagem Tia de acusado de matar mãe por herança comemora prisão: 'presente adiantado'
Bruno Eustáquio Vieira e a mãe, Márcia Lanzane |  Foto: Reprodução/Instagram

A tia de Bruno Eustáquio Vieira, acusado de matar a própria mãe no litoral de SP, comemorou a prisão do sobrinho nas redes sociais.

Mariusa de Quadra afirmou que estava "devolvendo um presente adiantado" a Bruno. Em publicação, ela lembrou que a irmã, Márcia Lanzane, foi assassinada no dia do aniversário dela, 21 de dezembro de 2020.

"Valeu cada quilômetro rodado", afirmou. Ao longo dos anos em que Bruno ficou foragido, Mariusa, uma das vozes por trás do perfil "Justiça por Márcia Lanzane", usou as redes sociais para lembrar a história da irmã e para pedir que Bruno fosse encontrado.

"O presente que você me deu no dia do meu aniversário estou te devolvendo hoje como presente adiantado.", Mariusa de Quadra, em publicação nas redes sociais.

Prisão após quase quatro anos. O bacharel em direito Bruno Eustáquio Vieira, 27, foragido desde 2021 após ser acusado de matar a própria mãe, Márcia Lanzane, 44, foi preso nesta segunda-feira (8) em Belo Horizonte.

Márcia Lanzane tinha 44 anos e foi assassinada dentro de casa. O crime aconteceu de dezembro de 2020, no Guarujá, no litoral de São Paulo.

A investigação policial foi concluída pela Delegacia Sede de Guarujá, em maio de 2021. Na época, a prisão preventiva do acusado por homicídio qualificado e fraude processual foi determinada, mas ele não foi localizado.

Relembre o caso

Acusado de matar a própria mãe queria dinheiro para vida de luxo. Bruno Eustáquio Vieira teria praticado o crime porque a vítima teria se negado a arcar financeiramente com seus gastos com luxo e lazer, no Guarujá, litoral paulista. A afirmação está em denúncia protocolada pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo).

O crime contra Márcia Lanzane, diz a investigação, ocorreu em 22 de dezembro de 2020, dentro da casa da família. Bruno era filho único. Ele teria esganado a mãe após uma discussão e publicou mensagens de luto nas redes sociais, o que causou revolta nos demais parentes da vítima.

O UOL teve acesso à denúncia do MP contra Bruno. Nela, a 5ª Promotoria de Justiça de Guarujá afirma que o bacharel em direito passou a pressionar a mãe para que bancasse seus gostos. Um deles seria o curso de medicina, o que seria inviável, pois Márcia trabalhava como auxiliar administrativa.

"O denunciado não tinha a intenção de trabalhar, passando a pressionar a genitora para que arcasse com um curso de medicina em que pretendia se inscrever. Exigia da genitora, ainda, bens materiais e dinheiro para seus gastos com o lazer.", Trecho da denúncia, assinada pelo promotor Renato dos Santos Gama.

A investigação chegou à motivação após oitivas de testemunhas, entre parentes e amigos do suspeito e da vítima. "[Bruno] queria determinar à genitora que alugasse ou vendesse o imóvel da família, situado em zona de baixa renda da cidade, e alugasse outro em região nobre, para que pudesse receber os amigos sem se sentir humilhado, conforme dizia", afirma o MP.

Mãe e filho passaram, então, a ter constantes discussões sobre a destinação do imóvel, já que Bruno pretendia vender ou alugar para sair do local. Para acalmar os ânimos, Márcia chegou a comprar uma moto para ele.

Na época, o advogado Anderson Real, que atua na defesa de Bruno, comentou ao UOL que as acusações do MP não estavam comprovadas. "São ilações do MP porque em nenhum momento ficou comprovado algo nesse sentido. Houve a investigação e não existe documento que prove a vinculação do crime com motivações financeiras. Surgiu a hipótese de um seguro de vida, mas isso também não se comprovou", afirma.

Filho matou mãe e dormiu com o corpo dentro de casa, diz MP

No dia do crime, Bruno comentou com familiares que a mãe teria morrido em decorrência de um acidente. Em seguida, confessou à Polícia Civil que a esganou, porém, sem levá-la a óbito.

Imagens de câmeras de segurança ajudaram na investigação. Com base em imagens da câmera de segurança de dentro do imóvel e laudo do IML (Instituto Médico Legal) que atestou asfixia como a causa da morte, a acusação sustenta que Bruno tirou a vida da mãe e dormiu com o cadáver dentro de casa para simular um acidente no dia seguinte.

Filho assistiu televisão após matar a mãe. "O denunciado surpreendeu a mãe a arremessando ao solo. Em seguida, passou a esganá-la até que não mais esboçasse reação. Sentou no sofá e assistiu televisão. Passado algum tempo, retornou ao corpo para certificar-se a morte. Por último, desligou as luzes da casa e foi dormir. Na manhã seguinte, o denunciado deixou o imóvel e, ao retornar, simulou desespero ao encontrar o cadáver, efetuando ligações telefônicas", concluiu.

O MP acusa Bruno de homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Segundo o advogado do acusado, Bruno não sabia do falecimento da mãe após a discussão entre ambos, por isso teria ido dormir. "Ele alega que não sabia do falecimento da mãe na noite da discussão. O Bruno diz que a mãe estava viva depois da briga, conversou e deu boa noite antes de dormir", diz Real.

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