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Brasil

Silvio Santos e Globo: como apresentador salvou TV da falência e virou algoz odiado

Silvio virou um algoz na audiência ao "trocar de lado"


Imagem ilustrativa da imagem Silvio Santos e Globo: como apresentador salvou TV da falência e virou algoz odiado
Silvio Santos e Globo: como apresentador salvou TV da falência e virou algoz odiado |  Foto: Reprodução/Youtube

Silvio Santos foi dono do SBT desde 1981. Mas o apresentador fez parte de sua história na Globo, a maior emissora do Brasil. Se foi um salvador financeiro nos anos 1970, Silvio virou um algoz na audiência ao "trocar de lado". Ele morreu neste sábado (17).

Já um apresentador querido pelo público, Silvio Santos começou na Globo em 1966, quando a empresa comprou a extinta TV Paulista para ser sua sucursal na capital paulista. Em julho de 1969, o apresentador entrou na grade nacional da Globo.

Foi essa exibição que explodiu a popularidade do apresentador em todo o Brasil. Silvio não era contratado da Globo. Ele pagava para a exibição da sua atração, que durava dez horas todos os domingos. E não pagava barato.

No início dos anos 1970, mesmo com o grande sucesso em todo o Brasil, começaram os problemas. Walter Clark (1936-1997) e Boni começaram a reclamar de Silvio Santos por causa de suas atrações popularescas do dono do Baú.

Segundo eles, Silvio não atendia o famoso "padrão Globo de qualidade", que ambos queriam adotar na empresa naquele momento. Em 1971, Silvio Santos quase saiu, mas por uma ordem de Roberto Marinho, seu contrato com a Globo foi renovado por cinco anos.

A ordem foi por um motivo simples: naquele mesmo ano, Silvio havia emprestado dinheiro para a Globo pagar salários, que seriam atrasados se não fosse este empréstimo.

Só que Silvio percebeu o recado. Em 1972, pouco depois de ter renovado contrato por mais cinco anos, Silvio Santos comprou metade das ações da Record, antes pertencentes ao empresário Pipa Amaral.

Porém, como seu contrato com a Globo lhe impedia de ser acionista de uma emissora concorrente, foi usado um laranja chamado Joaquim Cintra Gordinho, que respondia pela parte do apresentador junto ao sócio Paulo Machado de Carvalho.

A transação só foi revelada em 1976, ano em que Silvio deixou a Globo, gerando uma disputa judicial que deu ganho de causa ao apresentador. Mas a partir dali, Silvio virou um rival a ser combatido.

Um novo capítulo ocorreu em 1987. Cansada de perder dele aos domingos na audiência, a Globo conseguiu contratar Gugu Liberato (1959-2019), principal pupilo de Silvio, que fazia sucesso nas noites de sábado com o programa Viva a Noite.

Mas no início de 1988, ao descobrir um câncer que poderia encerrar sua carreira, Silvio foi à Globo, pagou a multa contratual, conversou com o próprio Roberto Marinho e ofereceu um salário dez vezes maior ao apresentador, que virou líder de audiência especialmente no fim dos anos 1990 e no início dos anos 2000.

O último grande capítulo da briga aconteceu em 2001. Quando soube que a Globo havia comprado os direitos do Big Brother, que negociou e decidiu não assinar em 2000, o SBT decidiu criar sua própria versão. Substituiu anônimos, colocou famosos e criou a Casa dos Artistas.

A Globo se enfureceu. A Casa dos Artistas foi um sucesso e alcançou a maior audiência da história do SBT, com picos de 54 pontos. Após trocas de acusações e uma briga judicial, a Globo e a Endemol, dona do Big Brother, conseguiram uma decisão que proíbe o SBT de usar novamente o formato.

Nos últimos tempos, Globo e Silvio Santos passaram a ter uma relação mais amistosa. Em fevereiro, por ordem de Silvio, o SBT reprisou o desfile da escola de samba Tradição, realizado em 2001 em sua homenagem, sem liberação de imagens da Globo. A direção da Globo optou por não processar Silvio.

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