R$ 3,7 mi aprendidos, carros e itens de luxo; rede de tráfico entre Brasil e França é desmantelada
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Uma rede de tráfico de cocaína entre Brasil e França, que envolvia funcionários do serviço de bagagens do aeroporto parisiense Roissy-Charles de Gaulle foi desmantelada e oito pessoas foram detidas, informaram as autoridades neste sábado, 7.
As detenções aconteceram em 3 de junho em áreas próximas a Paris, no âmbito de uma operação que mobilizou 105 policiais e vários serviços especializados, segundo a força de segurança.
As prisões aconteceram como parte de uma investigação judicial aberta em janeiro por tráfico de entorpecentes em grupo organizado, associação criminosa e lavagem de dinheiro procedente do tráfico de drogas, segundo uma fonte judicial.
Sete pessoas detidas foram indiciadas na sexta-feira, de acordo com a mesma fonte.
Duas delas foram colocadas em prisão preventiva, quatro sob controle judicial e a última solicitou uma audiência diferida com o juiz de liberdades e detenção.
No final de 2024, duas caixas que continham 45 blocos de cocaína, ou seja, um total de 50 kg, foram encontradas durante uma inspeção de segurança aeroportuária realizada pela Seção de Investigação do Transporte Aéreo (SRTA), informou a polícia.
Após identificar o transporte de drogas do Brasil para o aeroporto Charles de Gaulle, a SRTA iniciou a investigação para determinar a origem do tráfico.
A aplicação de técnicas especiais de investigação permitiu definir a magnitude da rede, ativa principalmente em Seine-Saint-Denis e que dependia de vários funcionários e diretores de uma empresa aeroportuária para retirar entre 20 e 50 quilos de cocaína por mês.
Quase 500 mil euros (cerca de R$ 3,1 milhões) em produtos ilícitos e um pouco mais de 100 mil euros (R$ 633 mil) em dinheiro foram apreendidos, além de cinco veículos, uma casa, artigos de luxo (roupas, perfumes, joias...) e uma arma.
De acordo com a polícia, “este caso ilustra a capacidade das organizações criminosas de subornar agentes aeroportuários, visando especialmente gerentes intermediários não conhecidos pela Justiça”. / AFP
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