Professora morre após ataque com faca feito por adolescente em escola de SP
Não há informação sobre o estado de saúde dos outros professores
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O ataque à faca feito por um adolescente em uma escola da zona oeste de São Paulo causou a morte da professora identificada como Elisabeth Tenreiro, de 71 anos.
Um adolescente de 13 anos esfaqueou pelo menos quatro professores e dois alunos na manhã desta segunda-feira (27), dentro da Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia.
As vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levadas para os Hospitais das Clínicas, Bandeirantes, Universitário e São Luiz. Os alunos passam bem, com ferimentos leves.
Não há informação sobre o estado de saúde dos professores. "O governo de São Paulo lamenta profundamente e se solidariza com as famílias dos professores e alunos que foram vítimas de ataque à faca de um adolescente do 8º ano na Escola Estadual Thomázia Montoro. A situação causa consternação a todos e a prioridade neste momento é prestar socorro às vítimas e apoio aos familiares", disse em nota o governo do Estado.
O agressor que é do 8º ano do ensino fundamental, foi apreendido, mas não há informações para onde ele foi encaminhado. A Polícia Militar foi acionada para prestar atendimento no local.
A Polícia Civil está investigando os fatos. Os secretários de Estado da Educação, Renato Feder, e da Segurança, Guilherme Derrite, estão na escola para acompanhar a situação.
Nas redes sociais, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou o episódio. "Não tenho palavras para expressar minha tristeza com a notícia do ataque", disse ele, que afirmou ainda concentrar esforços para dar atendimento às vítimas e às famílias.
Relembre outros ataques em escolas no Brasil
1. Ipaussu (SP), 2022
Em 14 de dezembro, um ex-estudante de 22 anos invadiu uma escola estadual e feriu com golpes de faca duas professoras em Ipaussu, no interior de São Paulo.
O agressor fez outro professor refém, colocou a faca em seu pescoço e resistiu à abordagem da polícia, mas acabou se entregando.
2. Aracruz (ES), 2022
Em 25 de novembro, um adolescente de 16 anos deixou quatro pessoas mortas - três professoras e uma aluna de 12 anos - após invadir duas escolas em Aracruz, no norte do Espírito Santo.
No momento do crime, o adolescente ostentava uma suástica (símbolo nazista) em um dos braços, além de roupa tática e duas armas (uma pistola .40 e um revólver 38 pertencentes ao pai policial). Ele foi apreendido e cumprirá até três anos de internação em unidade socioeducativa.
3. Sobral (CE), 2022
Um estudante de 15 anos morreu e dois ficaram feridos após um adolescente, também de 15 anos, disparar contra os três colegas na Escola Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, no dia 8 de outubro. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador) e foi apreendido.
4. Morro do Chapéu (BA), 2022
No dia 27 de setembro, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, em Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca.
5. Barreiras (BA), 2022
No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste do Estado.
Dois policiais que estavam nas proximidades da escola o detiveram com tiros. A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.
6. Saudades (SC), 2021
O ataque em Saudades, no oeste de Santa Catarina, deixou cinco pessoas mortas na manhã de 4 de maio de 2021, quando um rapaz de 18 anos invadiu um creche do município com um facão de 68 centímetros. Ele matou duas funcionárias da unidade e três bebês menores de 2 anos.
7. Suzano (SP), 2019
Um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos. Os autores do massacre, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e G.T.M., de 17, eram ex-alunos da instituição. Um dos atiradores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio.
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