PRF afasta agentes envolvidos em ação que acabou com menina de 3 anos baleada
Em nota, a Polícia Rodoviária Federal disse que colabora com as investigações e apura o caso pela Corregedoria da instituição
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afastou preventivamente os três agentes envolvidos na ação que deixou uma criança de 3 anos baleada no Rio de Janeiro. Heloisa dos Santos Silva foi atingida por disparos na cabeça e na coluna, na noite de quinta-feira (7), e está internada em estado grave.
Também foi apreendida uma arma usada pelos agentes. A arma foi levada para perícia, é dela de onde teriam partido os tiros que atingiram a menina. O caso é investigado pela Corregedoria da corporação e pela Polícia Federal.
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Segundo a família de Heloisa, eles estavam no carro passando pelo Arco Metropolitano, na altura de Seropédica, Baixada Fluminense, quando foram alvos de disparos por parte dos agentes da PRF.
Heloisa foi levada para o Hospital Municipal Adam Pereira, em Duque de Caxias, onde passou por cirurgia. Segundo a Secretaria de Saúde, a menina está intubada no CTI e tem ferimentos na cervical e no couro cabeludo. Ela está sendo acompanhada por neurocirurgião e pediatras.
O ministro da Justiça, Flavio Dino, comentou sobre o caso nas redes sociais. Ele afirmou que pediu rapidez para o esclarecimento da PRF sobre o caso e as providências que serão tomadas.
"Sobre a tragédia com uma criança de 3 anos no Rio de Janeiro, já solicitei esclarecimentos e providências aos órgãos de direção da PRF naquele Estado. Estou aguardando a resposta, que será comunicada imediatamente. E mandei acelerar a revisão da doutrina policial e manuais de procedimento na PRF, como já havia determinado quando da demissão dos policiais do caso Genivaldo, em Sergipe. Outras medidas serão informadas em breve", escreveu.
O caso mencionado pelo ministro é o de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado e morto por três policiais rodoviários federais em maio do ano passado. Os agentes foram demitidos da corporação em agosto.
O pai de Heloisa, William Silva, disse em entrevista a TV Globo que os agentes da PRF atiraram contra o carro da família, após eles terem passado pela viatura da polícia.
"A Polícia Rodoviária Federal estava parada ali no momento que a gente passou. A gente passou e eles vieram atrás. Aí eu falei: ‘Bom, tudo bem, mas eles não sinalizaram para parar’. E aí, como eles estavam muito perto, eu dei seta e, neste momento, quando meu carro já estava quase parado, eles começaram a efetuar os disparos", disse Silva.
Em nota, a Polícia Rodoviária Federal disse que colabora com as investigações e apura o caso pela Corregedoria da instituição.
"As circunstâncias estão em apuração pela Corregedoria da PRF. A instituição colabora com as investigações da polícia judiciária para esclarecimento dos fatos. Os policiais envolvidos foram preventivamente afastados das funções operacionais, inclusive para atendimento e avaliação psicológica".
A corporação também lamentou o ocorrido.
Em julho deste ano, a PRF também afastou um de seus agentes após ele se envolver em um episódio parecido. No dia 17 daquele mês, Anne Caroline Nascimento Silva, 23, foi morta ao ser baleada em uma ação da Polícia Rodoviária Federal.
O caso é investigado pela corporação. Na ocasião, o namorado de Caroline, Alexandre Mello, contou que os policiais atiraram contra o carro em que estavam, na Rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias.
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